Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
A história escabrosa de milhares de latas de leites em pó especiais para crianças carentes, esquecidas em galpão da Secretaria de Saúde de São José, não pode ficar impune. A grande quantidade de leite que deveria ter sido distribuída para crianças de um programa social da Prefeitura Municipal de São José e que venceu no estoque, comprada com dinheiro público, é um crime que precisa ser apurado. Por que o leite não foi distribuído em tempo hábil, para quem precisava dele? Por que há leite vencido há mais de dois anos? Quem era o responsável pela distribuição? Quem deveria ter fiscalizado essa distribuição?
Mudou o governo municipal, mas isso não quer dizer que o governo anterior não possa ser responsabilizado. Ele tem que ser chamado às falas, sim, para explicar e resolver o problema. O dinheiro público gasto com o leite precisa ser recuperado e há, ainda, o prejuízo das crianças que ficaram sem a alimentação a que tinham direito.
E não me venham com aquela desculpa esfarrapada de que o fornecedor entregou o leite nove meses antes de vencer. Em nove meses dava para distribuir o leite, com toda a certeza. Isso foi negligência, crime, e como tal deve ser tratado.
Repito: não é só o dinheiro público que tem que ser devolvido aos cofres públicos. Os responsáveis têm que ser denunciados e punidos. Acho engraçado que nas matérias que têm sido feitas denunciando o caso, não se fala no governo anterior de São José. As “autoridades” responsáveis, estejam ou não no poder hoje, têm que ser chamadas e punidas.
Não dá para aceitar uma coisa dessas. Quando acontecia com donativos, que ficavam apodrecendo em galpões e depois jogados fora, nada aconteceu. E aquilo já era crime. O que dizer de alimento comprado com dinheiro público e que não chegou às mãos de quem precisava e tinha direito a ele, por culpa da negligência e incompetência de “adminstradores”?
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