Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Vejam vocês, plágio não é mais plágio. Vocês sabiam? Dois autores de grandes sucessos literários contemporâneos, ela alemã e ele francês, usaram trechos de outras fontes, como Wikipédia e blogs da internet, em suas obras. E isso não configurou plágio, eles classificaram como “estilo” e chamaram as cópias de “mix”. E os livros continuam vendendo.
Eu sempre usei trechos que não eram meus, em meus textos, entre aspas e com identificação do autor. Um exemplo recente é uma pesquisa que fiz sobre Fernando Pessoa e que coloquei no meu blog, mas não assinei.
Agora, juntar trechos daqui e dali, fazer uma colcha de retalhos sem dar crédito ao autor nem citar a fonte, passou a ser normal. É este o futuro da criação literária? Juntar pedaços de obras já existentes e montar uma nova? É pra este fim de túnel sem luz que caminha a literatura?
Sabemos que muito do que se produz no campo da literatura pelo mundo afora não tem qualidade para se transformar em sucesso, que a criatividade e a criação são dons de uns poucos, mas não é por isso que vamos ter passe livre para montar frankesteins literários.
Esperemos que a moda não pegue, embora alguns desses plágios já tenham feito muito sucesso, vendendo centenas de milhares de exemplares, como os dois romancistas do início do texto.
A originalidade é tudo. Não podemos nos apoderar impunemente da obra intelectual de quem quer que seja, isso é propriedade intransferível. Copiar a produção, o pensamento, a obra de outra pessoa e assinar embaixo como se nossa fosse, é roubo. E roubo é crime.
Absurdo! A maioria das pessoas, brasileiros principalmente, estão sempre procurando métodos ligeiros e mais fáceis de chegarem aos respectivos objetivos. Não dar um bom exemplo neste caso específico é só um incentivo para a facilitação da "criação" literária, só estimula ainda mais a falta de criatividade espontânea e intelectual.
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