Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Já
estamos quase no final do governo de Raimundo Colombo em Santa Catarina, e as coisas
não mudaram, no que diz respeito à educação, à saúde, à segurança. A educação
continua em processo de falência, a saúde está na UTI e a segurança não existe.
Muito se fala em cultura, por exemplo, mas de
concreto, quase nada foi feito. Cadê uma política cultural estável, funcional,
que contemple todo o Estado, coisa que está faltando de há muito tempo? O CIC -
Centro Integrado de Cultura, ainda está em reforma, passados vários anos e
gastos muitos milhões de reais dos cofres públicos. O teatro e o cinema do CIC
até foram liberados, este ano, mas voltaram a ser interditados, pelo não
cumprimento de vários itens de segurança Estamos esperando, ainda, que
responsabilidades sejam apuradas. Um edital Elizabeth Anderle foi lançado este
ano, mas é muito pouco para quase três anos de governo.
É preciso dar continuidade ao Prêmio Cruz e
Sousa, também, e ao Edital para compra de livros de autores catarinenses para
distribuição às bibliotecas municipais. Trata-se, este último, de uma lei que
há quase vinte anos não vinha sendo cumprida e que teve, finalmente, um edital
na gestão de Anita Pires. Precisamos de bibliotecários nas escolas públicas,
coisa que o Estado não tem suprido como deveria. Aliás, falta professores,
falta equipamento, falta manutenção, falta salário, falta tudo para a educação
catarinense. E falta integração da capital com a cultura de todo o Estado, mais
atenção da Secretaria de Cultura e da FCC a todas as manifestações culturais
catarinenses, de qualquer cidade catarinense. Esperávamos que as coisas
andassem melhor, neste novo governo, mas não mudou nada até agora.
O que ainda há deve-se a abnegados escritores e agitadores culturais que, tirando água de pedra, realizam eventos culturais sem o apoio do Estado.
O que ainda há deve-se a abnegados escritores e agitadores culturais que, tirando água de pedra, realizam eventos culturais sem o apoio do Estado.
Na
verdade, precisamos muito de uma política cultural que funcione, que contemple
todas as modalidades de arte. Mas não basta que se estude, que se discuta, que
se planeje, que se faça leis que não são cumpridas, que se prometa, apenas.
Temos, em SC, boas iniciativas que funcionaram, como o Prêmio Cruz e Sousa de
Literatura, que concedeu os maiores prêmios em dinheiro do país, além da
publicação dos livros, para autores não só catarinenses, mas também a nível
nacional.
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