Uma notícia que deveria ser boa para minimizar o caos que se
instalou na educação brasileira, há já algum tempo: a Câmara dos Deputados aprovou
a destinação de 75% dos royalties do petróleo do Pré-sal para a educação. Os
outros 25% são para a saúde. Falta a sanção da Presidente Dilma, mas ela deve
fazê-lo, pois já enalteceu em público o aumento de verbas para a educação.
De cada barril de petróleo extraído em terra ou no mar, de
10 a 15 por cento são a parte do governo, dos Estados e dos municípios. Da
parte do governo, 75% será destinada à educação e 25% à saúde. Por que só 25% para a saúde, ninguém
explicou, mas a educação está precisando bastante, embora a saúde também esteja
na UTI.
Os 75% representam 135 bilhões para serem aplicados na
educação brasileira até 2022. O valor, porém, é insuficiente para o país
investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área - valor necessário para
cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Seriam necessários
mais 165 bilhões.
A notícia é boa, pois finalmente o Brasil aplicaria o que
deve ser aplicado numa área tão importante como a educação, tão abandonada, tão
sucateada até agora. Mas não sei se podemos confiar, mesmo que parte dos
recursos estejam garantidos, pois a CPMF, cuja arrecadação era destinada à
saúde, foi recolhida durante anos e anos, mas nunca foi aplicada na saúde.
Esperemos que desta vez os recursos realmente sejam usados
para melhorar a educação deste nosso Brasil que está literalmente falida.
Alguma coisa precisa ser feita e a hora é essa. É preciso resgatar a educação
brasileira. Assim como a saúde, a segurança, a justiça.
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