Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Uma Lei do Livro já existia, no
Brasil, desde 2003. Tinha o número 10.753 e o objetivo era instituir a Política Nacional do Livro e da
leitura no país, sendo que uma de suas diretrizes mais importantes era, segundo
o Art. 1º Inciso I, "assegurar ao cidadão o pleno exercício do direito de
acesso e uso do livro”, assim como também fomentar e apoiar a produção, a
edição, a difusão, a distribuição e a comercialização do livro; estimular a
produção intelectual dos escritores e autores brasileiros tanto de obras
científicas como culturais; promover e incentivar o hábito da leitura; instalar
e ampliar no País livrarias, bibliotecas e pontos de venda do livro.”
Não foi bem o que aconteceu nos anos
seguintes e, em 2011, a presidente Dilma assinou o decreto 7559, que criava o
PNLL – Plano Nacional do Livro e da Leitura, que consistia em “estratégia permanente de planejamento, apoio, articulação e referência
para a execução de ações voltadas para o fomento da leitura no País.” O
objetivo do decreto, tendo em vista o disposto nos arts. 1º, 13 e 14 da Lei nº
10.753, era “a democratização do acesso ao livro; a formação de mediadores para
o incentivo à leitura; a valorização institucional da leitura e o incremento de
seu valor simbólico e o desenvolvimento
da economia do livro como estímulo à produção intelectual e ao desenvolvimento
da economia nacional.”
E tanto a lei quanto o decreto vigoraram a partir
de suas publicações, mas nem uma nem outra tiveram o cumprimento que deveriam.
Tanto, que no dia primeiro de outubro deste ano aconteceu uma audiência pública sobre políticas públicas de incentivo
ao livro e à leitura, em Brasília, promovida pela Comissão de Educação, na
Câmara dos Deputados. O evento discutiu a construção de uma política de Estado
para o livro, leitura, literatura e biblioteca, que institucionalize o Plano
Nacional do Livro e Leitura (PNLL), o Fundo Setorial Pró-Leitura e o Instituto
Nacional de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Isso foi o resultado de
uma oficina que aconteceu nos dias 30 de setembro e 1º de outubro e que teve a
audiência pública como parte integrante da agenda. O evento foi promovido pelo
Ministério da Cultura (MinC), órgão governamental responsável pela proposta de
construção de uma política de Estado para o livro e a leitura, em parceria com
o Ministério da Educação (MEC).
A respeito da criação do Fundo
Setorial Pró-Leitura e do Instituto Nacional do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas,
a promessa é que o primeiro servirá para financiar e o segundo, para executar,
de forma mais específica, a política de Estado para o setor do livro e leitura.
Será que agora a coisa vai? Muita
promessa, lei, decreto, etc., já foram feitos para incentivar o hábito da leitura
e melhorar o acesso ao livro, mas nem tudo se cumpre. Então esperemos que realmente
venha a existir uma política do livro e da leitura e que o PNLL, Fundo
Pró-Leitura e o Instituto Nacional do Livro, Leitura e Bibliotecas funcionem e
realmente mostrem a que vieram. Precisamos, não é de hoje, que o acesso ao
livro seja mais fácil, precisamos que haja mais incentivo para a leitura,
precisamos que a escola tenha mais espaço no conteúdo programático para trabalhar
a leitura. Simplesmente porque a leitura é que possibilita nosso acesso à
instrução, à cultura, à educação, a qualificação para que se possa ter
qualidade de vida.
Oi bom dia!
ResponderExcluirObrigada pelas lindas palavras.
Adorei esta crônica, pois não é fácil o incentivo a leitura, mas acredito, como você mesmo disse, que ela é essencial para a nossa vida. Meus alunos gostam muito de ler e faço tudo o que posso.
EDNA