Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://luizcarlosamorim.blogspot.com/
Início de ano, além de ter que comprar material escolar, uniforme, etc., para os seus filhos, os pais têm mais uma grande preocupação. Não bastasse a maratona e a despesa para preparar os filhos para irem para a escola, eles tem que brigar, primeiro, para conseguir uma vaga para seus filhos numa escola pública.
O estado de algumas escolas estaduais aqui no Estado – não sei se esse problema acontece só aqui – é precário, lastimável, impraticável. Existem algumas escolas que estão literalmente destruídas, a ponto de serem interditadas pelas autoridades competentes. Não oferecem um mínimo de segurança para alunos e professores, nenhuma condição, tanto em se tratando de espaço físico como de aparelhamento.
E o pior é que elas estão lá, fechadas, sem que o Estado tenha aproveitado o período de férias para fazer reformas, ou pelo menos começar. Outras até estão em reformas, mas os alunos não podem usar as dependências ou parte delas. De maneira que existem crianças que terão dificuldades em se matricular para este ano letivo, na rede pública estadual, porque a escola em que estudavam pode não estar disponível, ou só parte dela pode estar funcionando.
O Secretário da Educação do nosso Estado acaba de sair do cargo, não lembro porque, mas o que marcou a sua saída foi o seu cinismo em afirmar “que saía com a cabeça erguida, com o dever cumprido”. Então as escolas que estão caindo aos pedaços, pelo Estado, sem condições de receber os alunos neste início de ano letivo não contam? Não têm a menor importância?
Isso denota bem o valor que nossas autoridades dão à educação. Não é à toa que a educação está cada vez pior. É por essas e por outras tantas coisas que o ensino tem perdido qualidade, ano após ano. Já não é tempo de se fazer alguma coisa, impedir a falência total do ensino fundamental e médio, que redunda, fatalmente, na falência também no ensino superior, resultando em profissionais cada vez menos qualificados no mercado de trabalho?
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