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sábado, 7 de abril de 2012

PEDÁGIO NO RIO GRANDE DO SUL: MUDANÇAS?

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor e editor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Tenho visto nos jornais, ultimamente, notícias de que as concessionárias de pedágio do Rio Grande do Sul estão com os prazos dos contratos para vencer e o governo não estaria pensando a renovar com elas. Ao invés disso, faria outras licitações para tentar colocar novas operadoras, para ver se o serviço melhora, pois as atuais cobram preços astronômicos, escorchantes, do usuário, sem que haja retorno correspondente para o valor que se paga, como acontece em quase todo o Brasil, infelizmente. E a impressão que se tem é que ninguém fiscaliza o cumprimento dos contratos com as tais concessionárias, pois o dinheiro é arrecadado aos borbotões mas muito pouco dele é aplicado na melhoria das estradas. Apesar de existir o DAER – Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, o Dnit, a fiscalização parecia não existir para verificar o cumprimento dos contratos. Felizmente os usuários estão começando a exigir o seu direito de cidadãos, mobilizando-se para cobrar resultados.

Então, com o risco de perder a “boquinha”, as operadoras estariam dispostas as diminuir os preço dos pedágios nas diversas praças – o menor é seis reais e setenta centavos, em estradas não duplicadas onde não se vê ninguém trabalhando – para quatro reais, que ainda é muito, muito caro, para o retorno que se tem – quase nenhum.

Viajo há mais de dez anos para cá e vejo o descaso com que se trata o assunto. O preço sempre foi exorbitante e as estradas nunca foram tão boas que justificassem o valor cobrado. Há anos que mando carta para os jornais gaúchos questionando o preço e o estado das estradas, mas notei que não se falava no assunto, no Estado, em nenhuma mídia. Nem em jornais, nem na televisão, em lugar nenhum. Vi que minhas cartas não eram publicadas, porque o assunto parecia ser tabu e ninguém queria mencionar o assunto. Parecia um pacto firmado entre mídias, poder público, etc, para não se falar em pedágio.

Até que, há uns dois ou três anos, alguém publicou uma das minhas cartas e, daí para a frente, o pacto foi quebrado e as reclamações em relação aos pedágios e as estradas começaram a se multiplicar nos jornais, reportagens a respeito começaram a aparecer em jornais televisivos, na internet, etc.

Atualmente a indignação das pessoas com o pouco caso das concessionárias com os usuários, arrecadando fortunas e não aplicando o dinheiro na melhoria das estradas.

Em Santa Catarina, no ano passado, o pedágio na região de Joinville, que estava em um real e vinte centavos, aumentou para um real e quarenta centavos. O público reclamou, o Ministério Público acionou e a concessionária foi obrigada a baixar o preço, já que não estava aplicando o valor arrecada na estrada.

Na Grande Florianópolis, um rodoanel previsto em contrato e que teve o percurso diminuído pela OHL para menos da metade, também foi questionado e a concessionária teve que retomar ao plano original, cumprindo o contrato.

Precisamos exigir nossos direitos, não podemos permitir que nos roubem contínua e impunemente. Os pedágios arrecadam fortunas incomensuráveis e o mínimo que têm que fazer é cumprir os contratos, fazendo a manutenção das estradas sob sua jurisdição, mantendo-as perfeitas, pois com os preços exorbitantes que cobram, deveríamos ter estradas com a qualidade das estradas européias. E ainda assim o valor cobrado ainda seria exagerado.

Um comentário:

  1. Oi Luiz. Gostei muito do que você escreveu no seu blog, sou aluna da professora Mariza e fiz uma das cartinhas que a Clarice leu. Aprendi a andar de bicicleta este ano. Pois é... é um pouco tarde,por que sou adolescente. Mas,antes tarde do que nunca. Agora que aprendi, gosto muito de andar novamente,mas tenho muito medo de passar para o nivel 2 e andar nas ruas junto com os carros,as ruas estão muito perigosas,ninguém respeita ninguém. Os carros são muito violentos,todos na correria do dia a dia. Gostaria que isso mudasse. Claro,eu também gosto de andar de carro,mas o respeito é também importante,e parece q é bem isso que falta nos motoristas. Obrigada. Maria julia kipfer. Anna Maria Harger. 8 ano E.

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