Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Existem coisas que a gente não consegue entender – ou consegue entender mas não aceita, tão absurdas são. Fomos ao enterro de um tio meu, à tarde, no cemitério de Barreiros. Era meio da tarde e chegamos quase na hora do sepultamento, então as vagas para estacionar que havia dentro da área do cemitérios já estavam todas ocupadas. Tivemos que deixar o carro na marginal da 101. E já havia muitos, muitos carros estacionados e chegando mais.
Após o enterro, quando voltamos para pegar o carro, percebemos que havia um carro da polícia rodoviária passando pela marginal bem devagar. Temíamos que eles estivessem anotando as placas para multar, mas não queríamos acreditar nisso, porque mesmo que não fosse permitido estacionar na marginal, era força maior, tínhamos um ente querido sendo sepultado e dava pra ver que não havia mais lugar dentro do cemitério. Naquela tarde ou naquela hora da tarde havia duas pessoas sendo sepultadas, então dá pra imaginar a quantidade de gente que havia lá.
Algumas pessoas que estavam vindo pegar o carro para ir embora, como nós, também queriam saber o que estava acontecendo e fomos perguntar aos policiais. Sim, estavam multando.
Não sei quanto à lei, mas na referida rua, marginal da 101, não havia nenhuma placa proibindo o estacionamento. E parece muito fácil multar carros que estão ali por não mais de uma hora e apenas porque não há outra alternativa. As pessoas que vieram para se despedir de um parente ou amigo que se foi, não podem deixar o carro estacionado naquela marginal por uma hora, mas em ruas mais movimentadas no centro e periferia da cidade, carros estacionam em fila dupla, estacionam em cima da calçada, obrigando o pedestre a passar pela pista de rolagem, correndo o risco de ser atropelado, e não há ninguém para multá-los.
Não é interessante?
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