Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Sei que já falei do coquetel de lançamento dos livros da Coleção Letra Viva, publicada em homenagem aos 30 anos de atividade do Grupo Literário A ILHA. Mas volto ao assunto, porque Célia, a nossa Célia Biscaia Veiga, cronista, poeta, atriz, bancária, gente finíssima, foi inspirada, inspiradíssima na produção daquela noite.
Foi ótimo reunir de novo o grupo em Joinville – pena que nem todos os integrantes do grupo da região puderam comparecer – e relembrar tantos eventos que fizemos acontecer nos anos oitenta e noventa. Lançamentos como esse, realizado na Biblioteca Municipal Rolf Colin, que a gente fazia acontecer no Museu de Arte, no Arquivo Histórico, no Hall do Banco do Brasil, e em vários outros locais da cidade. E Célia recriou, melhor do que o melhor evento que podíamos ter realizado, uma noite de cultura e literatura para não esquecermos jamais.
O auditório montado na sala de leitura da biblioteca municipal ficou lotado de convidados. Depois de nos apresentarmos e de falarmos do Grupo A ILHA e dos seus trinta anos de literatura, a literatura que estávamos ali para oferecer nos livros que leváramos para lançar, começou a sair dos quatro volumes da Coleção Letra Viva e tomou forma na voz e na interpretação do grupo de atores que Célia dirigiu.
Primeiro foi a crônica da Mary Bastian, "Há braços", que começou a ser lida para o público. E quando chega a hora que a autora narra a passagem em que ela viu jovens na praça com cartazes, dizendo que o abraço era de graça, três ou quatro pessoas se levantaram no meio do público e começaram a abraçar todas as pessoas da plateia. Foi emocionante.Depois foi a vez do texto de Célia, “Não é Comigo”, sobre o atendimento de Call Centers, que deixam a gente esperando horas e nunca querem ouvir o que temos a dizer. Foi hilário, foi muito engraçado uma pessoa ao telefone tentando se fazer ouvir, mas apenas ouvindo “vamos transferir a sua ligação”, “Não desligue que a sua ligação é muito importante para nós”, “Este assunto não é comigo”. Bem como acontece na vida real.
A minha crônica apresentada foi “Jacatirões no Jardim”. E a dramatização foi linda, muito original, pois enquanto ela era lida, algumas pessoas montaram o "esqueleto" de uma árvore e foram distribuídas para o público flores de papel crepon brancas, rosas e lilases, representando as flores de jacatirão e todos foram convidados a colar esses papéis coloridos na árvore. Assim, quando terminou a leitura, a árvore estava florida.
Ouve declamação de poema, também, além do poema de Quintana que estava embutido na minha crônica.
Foi uma noite maravilhosa. Um público fantástico, gente que prestigia a cultura de gente da terra e que, com a criatividade e o talento da Célia em organizar, tornaram tudo muito agradável.
Uma colega nossa, de banco, que foi com o namorado, contou-nos da impressão dele. Nunca tinha ido a um evento assim, a uma sessão de autógrafos e não imaginava que podia ser tão agradável. Ponto para a Célia e o seu grupo de atores, que com sua dedicação, tornaram possível um encontro literário tão bonito.
Passei por aqui depois de algum tempo!
ResponderExcluirGostei muito dessa postagem.
Obrigada!
http://tuledesilvia.blogspot.com
Que bom que voltou,Silvia. Seja bem-vinda sempre.
ResponderExcluirGrande abraço do Amorim