Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br )
Recebi, recentemente, um pedido de doação de livros meus. Até aí, tudo bem, isso acontece de vez em quando, professores pedem livros para usar em sala de aula, entidades quase sempre beneficentes tentam conseguir acervo para começar ou manter bibliotecas em escolas, asilos, orfanatos, etc.
Mas desta vez o pedido foi para uma campanha em prol de pessoas carentes. A pessoa que me pediu os livros se reuniu com outras para conseguir banheiros, oito deles, que serão montados em casas de famílias do bairro Promorar 2, de Itajaí. Para angariar os recursos necessários, imaginaram pedir livros a escritores, livrarias, editoras, que conseguindo um aqui, outro acolá, vão juntando até poder fazer lotes com sete livros, para oferecer a amigos e empresários.
Não é original? Eu diria que é fantástico. Usar a literatura para conseguir ajuda e possibilitar que famílias com baixo poder aquisitivo tenham banheiros em suas casas, conforto mínimo a que elas têm direito.
Tomando conhecimento desse tipo de ação, fico animado e penso que pode haver uma luz no fim do túnel, que nem tudo talvez esteja perdido. Há quem ainda se preocupe com o próximo, apesar dos maus exemplos que a maioria dos “políticos”, aqueles que mandam nesse país, infelizmente, insistem em dar constantemente.
Vou mandar alguns livros para essas pessoas que estão catando a obra dos escritores da terra para transformá-la em um benefício talvez maior que o prazer de ler e de beber na fonte da imaginação e do conhecimento que é o livro. Porque além de ajudar quem precisa, essa campanha estará divulgando a obra daqueles que se juntarem a ela, pois os livros serão lidos por um público que, de outra maneira, talvez não viesse a ler alguma coisa da nossa lavra.
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