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sábado, 25 de maio de 2013

COISAS DA DANÇA, COISAS DA INFÂNCIA...


    Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Dança é mesmo uma atividade que faz bem pra tudo. É bom pra saúde, é bom pra manter a forma, é bom pra se fazer amigos, pra confraternizar, pra se conhecer pessoas. Ontem fui a um baile na “nossa” academia de dança, na verdade a comemoração de aniversário da casa. E conheci, através de amigos conquistados através das aulas de dança de salão, um casal maravilhoso, ele com oitenta e cinco, oitenta e seis anos, não lembro ao certo, mas dançando e dançando muito.

Conversamos muito e ele me dizia que em sua casa tem um pomar e que nesse pomar tem de tudo quanto é fruta, que ele plantou, frise-se. E eu fico encantando com isso, pois adoro hortas, jardins, pomares, minha frustração maior é não ter terra em minha casa para plantar. Tenho apenas um pequeno jardim na frente de casa, onde planto o meu pé de jacatirão, um pé de hibisco alaranjado – agora comprei duas mudas de hibisco gigante, que plantei em vasos -, temperos e chás, um ou dois pés de couve que as lesmas insistem em destruir, pequenos pés de araçás que produzem muito e um pé de rosa, alguns pés daquela orquídea bonita que dá em hastes longas.

Então fico com inveja do professor, que tem uma área generosa em sua casa para plantar o que quiser. E ele me disse que, entre tanta coisa que tem plantado, tem pés de babaçu. Ora, isso me reportou de imediato a minha crônica sobre meu avô Lúcio, que escrevi recentemente. Lembrava eu daquele avô que, no período que morou em Joinville, vinha a Corupá com sua cesta de vime cheia de guloseimas, que ele colecionava com cuidado durante a semana só pra pra trazer pra nós, um bando de netos pequenos. Era uma festa ver ele chegar com sua cesta cheia de balas, tucum, goiaba e tantas outras coisas. Havia esquecido de dizer, na outra crônica, que havia babaçu, também. Ele tinha um pé em sua casa em Joinville e colhia quando estava maduro para trazer para nós. Gostávamos da parte de fora, quando estava maduro, mas gostávamos ainda mais de quebrar o coco e comer a amêndoa mais ou menos do tamanho de uma castanha do Pará, que havia dentro. Era muito bom.

De maneira que o professor me fez lembrar do babaçu, que meu avô nos trazia na sua cesta, detalhe que eu não havia lembrado na crônica anterior sobre ele. Aquele avô carinhoso, infelizmente, foi-se muito cedo, quando eu ainda era menino. Mas nunca vou esquecer dele. Ele voltou a morar em Corupá antes de ir-se. Quem sabe eu também não volte, um dia desses, para ter meu quintal e meu jardim, para poder fuçar a terra e plantar e colher?

Um comentário:

  1. Boa noite!

    Escrevo para parabenizá-lo pelo belíssimo texto. Fiquei muito feliz, cheguei da escola a pouco e já estou com saudade de encontrar meus alunos para ler esta crônica. O reconhecimento é mútuo e nos faz ter forças para continuarmos a missão. Sou uma pessoa simples, que logo após ter terminado a faculdade descobri que minha primeira filha havia sido diagnosticada por uma doença raríssima conhecida como "Síndrome de Fanconi", deixei o sonho de ser professora para cuidar dela, vivia correndo para a capital BH e quando ela estava em fase terminal da doença descobri que estava grávida da segunda filha. A 1a filha faleceu e após 20 dias a segunda nasceu descobrimos a doença e após tratamento veio a falecer. Hoje tenho 38 anos não tenho filhos sou casada a 17 anos e me tornei palestrante. Vou a faculdades, ECC e a qualquer lugar que me convidam, faço este trabalho voluntariamente porque isso é que me faz a continuar a viver, amo a vida, amo a Deus e amo ser professora. Após 5 anos voltei a dar aulas, não sou efetiva, apenas contratada mas independente do que sou procuro fazer o meu trabalho e ensinar a esses alunos a serem pessoas melhore, essa é a minha obrigação. Minha história da até tema para um livro, quem sabe com o título "Vivendo com dois anjos", mas posso apenas agradecer o carinho e dizer que continuar, sendo persistentes na missão, é realmente gratificante.

    Tenho uma boa noite. e até mais!

    Gabrielle batista 26 de maio de 2013 15:04

    Oi meu nome é Gabrielle tenho 12 anos e sou aluna da professora Edna.

    Estou adorando o trabalho dela sobre crônicas e gostando dela ler todos os dias uma crônica do senhor.

    Quero agradecê-lo por ter feito uma crônica para nossa classe e nós adoramos muito.

    Também quero parabenizá-lo pelo trabalho bonito que o senhor faz,continue fazendo e criando crônicas tão belas.

    Tenha uma boa tarde! Beijos

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