Por Luiz Carlos Amorim – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
O ano de 2009 completou a primeira década deste século. E se olharmos para trás, poderemos ver que este início de século foi um divisor de águas. Não me refiro ao fato de os últimos anos terem sido os anos da violência, da corrupção e da impunidade, do descaso com o meio ambiente e a consequente ira da natureza, traduzida em tempestades, ventos excessivos e inundações.
Refiro-me ao boom da tecnologia da informação e da comunicação. Os primeiros anos deste novo século nos deram os celulares multifunção, que fazem de tudo, começando por permitir que se fale com qualquer pessoa em qualquer lugar, passando pela fotografia, pela música, televisão, internet, etc. Foi nessa década que estouraram os sites de relacionamento, como Orkut, Facebook e outros, estreitando a comunicação entre os internautas. Foi nestes anos que sites como You Tube popularizaram o vídeo na internet e que houve uma revolução na maneira de se ver filmes, seriados e televisão, com a banda larga ficando um pouco mais larga, felizmente. A internet democratizou a distribuição de filmes e as locadoras, como as lojas de CD, ficam cada vez mais obsoletas. A própria televisão se transformou, com a chegada das transmissões digitais, com as novas telas de leds, suplantando as de LCD e plasma, que baixam um pouquinho mais o seu preço, à medida que vendem mais.
E a tecnologia digital está influenciando e revolucionando até a maneira de lermos livros. O e-book, os livros eletrônicos que, apesar de terem sentenciado o fim do livro tradicional já nos anos 90, até aqui não tinham dado certo, estão voltando com força, já que aparelhos como o Kindle, leitor de textos americano que agora também é vendido para o Brasil, apesar de já haver um leitor fabricado aqui na terrinha, estão caindo no gosto de uma pequena parcela de leitores.
E já que o leitor de e-book foi bastante vendido nesse final de ano, volta também o discurso de que o livro impresso, de papel, está com os dias contados. Sei que o avanço do livro eletrônico, da popularização dos leitores de e-books é inevitável, embora a longo prazo, mas vai ser muito difícil acabar com o livro físico, como o conhecemos até hoje. Ele vai existir paralelamente ao livro eletrônico, mesmo que este se torne popular, mesmo que o preço do leitor baixe e mesmo que os arquivos a serem comprados sejam vendidos por um preço muito baixo.
Como dizia uma editora de uma grande casa publicadora de livros, o leitor de textos digitais pode ser uma ótima ferramenta para alguns, mas não para outros. Sempre haverá quem goste do livro de papel, assim como haverá quem goste de ler o que quer que seja em aparelhos como o Kindle.
Uma coisa conviverá com a outra, pacificamente. Uma complementará a outra. Assim como já aconteceu com outras mídias, como a música, o filme, o rádio, etc.
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