Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Grata surpresa, neste carnaval, ver o livro, em toda a sua exuberância, presente na folia. A Salgueiro trouxe o livro para a passarela, coisa meio que impossível, pois o livro parecia, até então, não combinar com carnaval.Pois a Salgueiro trouxe o mundo dos livros, com toda a sua história e trajetória para o Sambódromo, usando um evento tão popular como o carnaval para incentivar o hábito da leitura e mostrar a importância do objeto mágico que tem o poder de transformar o mundo.
O samba-enredo, “Histórias sem fim”, fala de realidade e fantasia, arte do saber, cita o livro como “divina criação”, fonte de sabedoria e inspiração. Recomenda os clássicos, os romances e aventuras, chamando atenção para a “quanta riqueza no nossa literatura”. O desfile mostrou como histórias e personagens mexem com a imaginação da gente e começou contando a história da imprensa com a apresentação de manuscritos, escribas e iluminuras.
Na comissão de frente, a volta à era medieval, quando os livros eram manuscritos. O carro abre alas representou uma gráfica contemporânea com 55 acrobatas da Intrépida Trupe imprimindo movimentos. A divisão dos setores foi feita de acordo com os gêneros literários, compostos de obras representativas e personagens de cada um deles.
Foram apresentados gêneros como romance, clássicos, aventura, ficção, infantil e autoajuda. No gênero infantil, desfilou Monteiro Lobato com Pica-Pau Amarelo, Pequeno Príncipe e Ali Babá e os 40 Ladrões. Dois personagens se destacaram na avenida do samba: a personagem Emília do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" e um robô do clássico da ficção científica "Eu, Robô". O desfile terminou com o livro de autoajuda hindu.
Muito bem ver que o carnaval se presta a mostrar que o hábito da leitura é uma coisa importante para a vida de todos nós.
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