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quinta-feira, 3 de junho de 2010

OS PROTESTOS CONTRA A PCH CORUPÁ

Por Luiz Carlos Amorim – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Http://twitter.com/amorimluc

A audiência pública sobre a PCH Corupá, requisito exigido pela Fatma para considerar a reação da comunidade na concessão da licença para construção da usina na Cidade das Cachoeiras, foi realizada, finalmente, no primeiro dia de junho.
A empresa que será responsável pela construção da pequena central hidrelétrica apresentou relatório - encomendado pela interessada na aprovação do negócio? - de impacto ambiental, justificando com os mesmos argumentos a viabilidade do empreendimento: a rota das cachoeiras não será afetada – isso todos nós já sabíamos, porque o rio que vai ser usado é o da Cachoeira Bruaca; a quantidade de água na vazão da Bruaca também não sofrerá mudança – o que não é verdade, porque parte da água daquela cachoeira será desviada para a usina, o que poderá, em épocas de menos chuva, causar o desaparecimento da queda dágua; o lago formado pela represa ocupará apenas o espaço de meio campo de futebol – será?; a devastação na mata, para chegar até o pé da cachoeira, onde serão instaladas as máquinas, não prejudicará nem a flora nem a fauna – ingenuidade ou má fé? Entre outros senões.
Os interessados na construção da PCH minimizam de forma irresponsável os impactos que advirão da construção da usina, que não trará, para o município, benefício nenhum, pelo contrário. A energia será vendida e não há garantia nenhuma que será disponibilizada para a cidade. Uma vez vendida, quem decide o que será feito dela são os novos donos.
Os cidadãos corupaenses se mobilizaram em passeata, indo até o local da audiência, manifestando-se contrários à construção da hidrelétrica em Corupá. Alguns vereadores da cidade deram entrada, na câmara, a um projeto de lei que proíbe a construção de PCH nos rios de Corupá, a exemplo de outros municípios, como Joinville.
O patrimônio de beleza natural da cidade não pode ser menosprezado. A cachoeira mais visível da cidade não pode correr o risco de ser extinta. O retorno, mínimo para a cidade, não vale a destruição da natureza privilegiada. A vocação turística de Corupá, em função de suas dezenas de cachoeiras pode ser muito mais rentável do que um empreendimento que agredirá, com certeza, o meio ambiente.
Um relatório de impactos ambientais independente foi reivindicado pelos munícipes. A Fatma esclareceu que a audiência não é decisiva para a finalização do relatório e concessão ou não da licença ainda pode demorar. O importante foi que a vontade do povo pôde ser sentida.

2 comentários:

  1. Concordo com você. Corupá tem tudo para ser umas das principais cidades para ecoturismo em Santa Catarina. A população não imagina o potencial de Corupá para este setor. Se você for à Bonito - MS, verá que qualquer cachoeira, rio limpo, caverna, vira um ponto turístico. Agências de turismo tem preços tabelados, é organizado, e o povo de lá não quer outra coisa. Pois assim eles arrecadam o sustento da cidade, mantém a natureza preservada e tem contato com turistas do mundo todo.

    Vamos lá Corupá! Não às PCHs!

    Sou membro do Clube de Canoagem Ketucky - Jaraguá. E somos contra a PCH na Bruaca.
    Abraços

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  2. Olá,como vai você...que bom ter encontrado você por aqui!Te admiro muito por tudo o que faz.Seus trabalhos são maravilhosos.É bom saber também que se importa e muito com as nossas belezas naturais,deveriamos ter pessoas como você aqui lutando por esta causa.Um grande abraço...

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