Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Não ia escrever sobre Saramago – tanto se escreveu, nestes últimos dias, em todos os jornais, que parece não haver mais nada a dizer, e a morte me entristece – mas volto atrás, depois que li a crônica da jornalista Ana Ribas, minha colega de espaço no jornal A Notícia, “O Mago que fica”. Como eu disse a ela, logo que terminei a leitura, foi a melhor coisa que li/ouvi sobre Saramago, desde a notícia da morte do escritor português, na sexta. Sem empolamento, com sensibilidade e simplicidade, ela disse bem e emocionou.
Confesso que li, até agora, apenas um livro de Saramago, o único escritor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. Lerei, com certeza, os outros todos, pois já pude ter uma amostra do estilo e da qualidade da escritura dele e sei o que ele representa para a literatura não só portuguesa, mas mundial.
Ele esteve em Santa Catarina, em 1999, logo depois de ganhar o prêmio máximo da literatura, fez palestras, deu entrevistas, conheceu Santo Antônio de Lisboa e recebeu o Prêmio Honoris Causa, da UFSC.
Ficamos órfãos de um pensador sensível e sincero, que nunca se atrelou a nada e sempre teve a coragem de dizer o que sentia.
Sua obra já figura entre os clássicos da literatura universal. O homem, Saramago, fiel as suas idéias e convicções, transcende a vida e se torna imortal através da palavra.
Muito bom, Amorim!
ResponderExcluirAcho que eu não o perdoaria se não registrasse aqui neste blog este tributo ao escritor José Saramago. Não tive a coragem de ir ver o filme depois que familiares me contaram como ficou nas telas o ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Um dia o farei.
Conforme vc diz muito bem:
"Ficamos órfãos de um pensador sensível e sincero". Em e-mail segue pra vc um pequeno, mas também valioso, texto de outro autor (do qual tambem gostei muito) sobre Saramago.Abraços daqui da Laguna.
Fatima