COMENTE

Sua opinião é importante. Comente, critique, sugira, participe da discussão.



quarta-feira, 30 de junho de 2010

ENSAIOS ESCOTEIROS

Por Luiz Carlos Amorim – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

O Dr. Enéas Athanázio, escritor dos Campos Gerais de Santa Catarina e radicado em Balneário Camboriú, é um dos estudiosos de literatura mais profícuos e respeitados e um contista de mão cheia.
Seu mais recente livro, “Ensaios Escoteiros”, saiu este ano e é um grande livro, não porque tem cento e setenta e duas páginas, mas porque estas tantas páginas estão repletas de conteúdo extraordinário, de ensaios e crônicas que nos dão prazer de ler e nos ensinam sobre literatura, sobre geografia, sobre história, sobre cidadania e o orgulho de ser catarinense e brasileiro.
O livro “Ensaios Escoteiros” é um livro alentado, como já mencionamos, dividido em vários capítulos, pela diversidade de assuntos e pela organização do autor em tudo que faz.
Na primeira parte, “Estrangeiros”, reúne ensaio sobre livro biográfico de Sartre e Simone de Beauvoir e outro sobre Blaise Cendrars, escritor franco-suiço que foi grande admirador do Brasil, esteve aqui e escreveu vasta obra sobre nosso país.
No capítulo “Variados”, o autor reuniu ensaios sobre grandes livros, sobre o golpe militar de 64 e os anos de chumbo em “40 Anos” e sobre “A paixão pelos livros”, onde enxerga essa entidade mágica que é o livro sob todos os ângulos.
Em “Literatura Amazônica”, o terceiro capítulo, um alentado ensaio intitulado “Capítulos de um romance amazônico”, sobre o livro “Contos Amazônicos”, de Inglês de Souza e sobre a literatura do Amazonas.
“Nordestinos” é o quarto capitulo, e contempla obras e escritores do nordeste, como em “Um homem chamado Brasil”, sobre “Câmara Cascudo – Um homem chamado Brasil”, de Gildson Oliviera, também sobre “O Internacionalista Gilberto Amado”, sobre “Cangaço, Canudos e Contestado”, sobre “Sergipanos no país Grapiúna” e sobre a “Saga de Zumbi”.
A quinta parte chama-se “Mineiros” e aborda “A vida e a literatura de Guimarães Rosa”, “O amigo escrito de Monteiro Lobato” e um “Passeio pela Revista da AML”.
Há um capítulo específico sobre Calmon, cidade do norte de Santa Catarina onde aconteceu a Guerra do Contestado, “Calmon, o homem e a cidade”, com os ensaios: “Calmon, sua História e suas lutas”, “Uma figura ligada à nossa História”, a respeito de Miguel Calmon, que deu nome à cidade, “A ação de Farquhar em Santa Catarina”, sobre a biografia do empresário Percival Farquhar, que contribuiu para fomentar a Guerra do Contestado e “A imortalidade pelas obras”, também sobre Calmon.
O capítulo seguinte é sobre Crispim Mira, escritor e jornalista joinvillense, assassinado na capital aos 47 anos, personagem sobre o qual o autor muito tem nos dado saber.
Como não poderia deixar de ser, Guido Wilmar Sassi é um dos capítulos de “Ensaios Escoteiros”, outra figura importante da literatura catarinense e também, como o autor, com origem nos Campos Gerais.O ensaio “Tamanho não é documento” é sobre a fama póstuma do grande escritor e “Geração do Deserto”, o romance histórico sobre a Guerra dos Contestado que virou um clássico da literatura de nosso estado.
O penúltimo capitulo é dedicado aos “Catarinenses”, falando sobre os “Mestres da Crítica Catarinense”, sobre como Lages hospedou Paulo Setúbal: “Apenas um pouco fraco do pulmão”, sobre as “Lideranças do Contestado” e sobre a “Aniversariante Ilustre”, ou seja, a Faculdade de Direito de Santa Catarina.
“Romancistas”, o último capitulo, contempla a obra de dois novos romancistas de fôlego que surgiram nos últimos tempos no nosso Estado: Apolônia Gastaldi – “Barra do Cocho – a saga de uma Família” e Harry Wiese – “A Sétima Caverna”. Romances que eu também li e que vieram oxigenar a nova literatura catarinense.
Tudo isso é o novo livro de Enéas Athanázio. E olhe que eu fui muito superficial, para não diminuir o prazer daqueles ainda lerão “Ensaios Escoteiros”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário