Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Existem algumas coisas que são difíceis de entender. Minha tia mora no Estreito, na parte continental da capital da nossa Santa e bela Catarina, bem pertinho do campo do Figueirense. A rua é a José de Abreu e, como é estreita, tem mão única.
Pois estive lá esta semana e ela avisou que eu não deixasse o carro estacionado na frente da casa, porque a polícia apareceria para me multar. Eles estão de olho, disse ela, deixou o carro aí eles aparecem. Eu já sabia que não é permitido estacionar ali, embora quando há jogo do Figueirense a rua fique entupida e ninguém manda tirar nenhum carro. Ela abriu o portão e coloquei o carro para dentro.
Acho que tenho mais é que acatar, mas há muita contradição nestas “proibições” urbanas. A rua José de Abreu é uma rua sem comércio, tipicamente residencial, e a polícia fica de olho – ou alguém avisa a ela – e ela está em cima para multar quem estacione ali. Em compensação, a rua Teresa Cristina, paralela, com intenso comércio, não é fiscalizada assim. No horário comercial, as pessoas estacionam dos dois lados da rua e é difícil passar por ali. E a polícia não aparece para organizar. Paralela a essa, está a Araci Vaz Calado, mais movimentada ainda e de mão dupla, onde também se estaciona dos dois lados, atravancando totalmente alguns trechos, a ponto de passar um veículo de cada vez, seja qual for o sentido. A polícia também não aparece ali.
A rua Prefeito Tolentino de Carvalho, no Balneário, pertinho dali, também tem sentido duplo, mas os carros estacionam dos dois lados, e é comum que passe apenas um carro de cada vez.
E assim tantas outras ruas pela cidade: muitas de mão dupla, mas os veículos estacionam de ambos os lados, dificultando a passagem em qualquer sentido.
Por que uma rua tranquila como a José de Abreu merece a atenção da polícia e tantas outras, que precisam da atenção de alguém que discipline o fluxo e a parada de veículos não são contempladas?
Não me esqueço de que fui multado, há alguns meses, na marginal da BR 101 onde fica o cemitério. Fui ao enterro de um tio e, como não havia mais espaço dentro do cemitério, eu e várias outras pessoas tivemos que deixar os carros à beira da marginal. Pois quando voltamos, lá estava a polícia, multando todos os carros, um por um. Nem saíram do carro deles, só iam anotando. Sabemos que estavam multando porque perguntamos a eles. Assim é fácil, não é?
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