Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
A novela do julgamento do prefeito itinerante de Florianópolis acabou, esta semana, com o TSE inocentando Dário Berger quanto a ter contrariado a lei eleitoral, a qual reza que o candidato não pode concorrer e se eleger prefeito mais de duas vezes seguidas. O prefeito de Florianópolis elegeu-se quatro vezes, uma atrás da outra. E foi absolvido, apesar de outros oito prefeitos, na mesma situação, terem perdido o cargo e elegibilidade.
Nem a justiça é confiável neste país. Para tudo há dois pesos e duas medidas. Mas o pior, mesmo, foi abrir os jornais, no dia seguinte ao “julgamento” do TSE e ver foto de página inteira do prefeito devagar da capital, com a manchete: “O povo venceu. De novo.” (Cá pra nós, quem será que pagou a publicação de tais páginas inteiras?)
Não é deboche? Se não é, parece. O povo não venceu nada, o povo só perdeu, nesses anos todos em que Dário é prefeito da capital. Principalmente nesse segundo mandato, quando a cidade está completamente abandonada, jogada ao léu, como bem disse Guga, sem segurança, sem mobilidade, sem infraestrutura. O povo queria, isso sim, que ele saísse da prefeitura, de uma vez por todas, para ver se essa cidade melhora.
Infelizmente uma maioria que acreditou que ele, Dário, poderia melhorar no segundo mandato e votou nele, agora serve de pretexto para que ele se vanglorie de ter permanecido no cargo.
A cidade está aí, do jeito que está, para comprovar a incompetência do prefeito itinerante. Ele simplesmente abandonou a cidade. Agora vem com a história de que vai agilizar e inaugurar uma obra por semana. Claro, vai correr e inaugurar um monte obras começadas e mal acabadas, ou não acabadas, como já fez outras vezes, para ver se consegue se eleger governador. Vai usar o tempo que resta como prefeito para fazer campanha, como bem disse o cronista maior Sérgio da Costa Ramos, na quinta.
Vamos ver o quanto ele vai conseguir enganar os pobres eleitores que deram a ele a responsabilidade de pelo menos manter a cidade funcionando direito, que é o mínimo que se espera. O que não foi feito.
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