Por Luiz Carlos Amorim - Escritor
Este é um ano especialmente estratégico para comemorarmos o Dia Mundial do Livro. Por que digo isso? Por que vivemos o pico de uma revolução na publicação de livros.
O livro digital, ou e-book, chegou há já algum tempo, prometeu substituir o livro tradicional de papel impresso, mas não foi bem assim que as coisas aconteceram. O final da primeira década deste século marcou o começo de uma mudança nos hábitos de ler, pois as novas tecnologias de publicação e leitura de livros passaram a ser mais usadas. O Kindle, leitor eletrônico que começou a se popularizar, passou a ser mais usado, apesar do preço um pouco salgado e este ano foi lançado o seu concorrente I-Pad, com mais recursos e que vendeu milhares de exemplares pelo mundo em menos de uma semana.
O Kindle, recentemente, passou a ser vendido também para o Brasil e o I-Pad vai estar disponível brevemente nas lojas da Aplle, por aqui. Com os leitores à venda e sendo vendidos, finalmente, os livros digitais também começaram a ter maior acervo em oferta. Até as editoras dos livros tradicionais, algumas delas, já estão oferecendo livros também em formato digital.
Comprovadamente, o livro como o conhecemos, de papel impresso, continua forte e vendendo cada vez mais. O e-book pode crescer – atualmente a sua abrangência ainda é pequena, apesar de se constituir em uma evolução no nosso hábito de ler – mas o livro tradicional vai continuar no mercado. Pode ser até que o e-book cresça muito mais, mas não deve ultrapassar o livro impresso. O que vai acontecer é que os dois conviverão em harmonia.
Com a informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro digital, temos também o áudio-livro, que possibilita aos deficientes visuais a serem também consumidores de literatura, assim facilita também àqueles que não têm tempo para ler a oportunidade de ouvir bons textos enquanto fazem outra coisa.
Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler. Por isso, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.
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