Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Hoje fui votar em São Francisco do Sul. Não transferi ainda meu título para Florianópolis, porque decidi não trabalhar mais em eleições. Até os anos 90, sempre fui convocado e então, mesmo morando em Joinville, transferi meu título para Joinville para não me chamarem mais. Mas transfiro de novo para cá ainda este ano, que agora não há mais possibilidade de me chamarem.
Como dizia, fui para São Francisco do Sul, visitei Corupá, Joinville, Jaraguá do Sul. Pois foi em São Francisco que vi um espetáculo único, uma coisa bem pouco comum: um pé de jacatirão de inverno (manacá-da-serra) e um pé de ipê florescidos, os dois, fechados de flores, um do lado do outro. Uma mancha de vermelho, quase lilás, ao lado de uma mancha amarela, um pequeno sol resplandescendo luz. Digo que é incomum, porque não são árvores que florescem ao mesmo tempo. O jacatirão de inverno floresce em julho e a época de florescência do ipê amarelo é julho e agosto. È o descompasso da natureza, em razão de nosso descaso com o meio ambiente. Há também o ipê roxo, cuja época de florir é junho e julho, mas está florescendo agora, pelo menos por aqui.
Então, o fato das duas árvores, tanto o ipê amarelo quanto o Jarcatirão de inverno florescerem em outubro, fora das suas épocas, é fantástico. Foi uma beleza poder ver os dois totalmente coloridos, lado a lado, numa época que já não deveriam ter flor nenhuma. Até porque tem chovido, na última semana, e se houvesse algum ipê florescido, as flores cairiam mais rapidamente, formando um tapete no chão, como se o sol se espalhasse em pétalas. Mas aquele estava lá, firme e forte, com todas as flores.
E no meu passeio pelo norte do Estado não foi só isso que vi. Encontrei muitos pés de ipê roxo florescidos, em todos os caminhos por lá. O que achei curioso é que todas as várias árvores de ipê roxo que vi eram jovens: poucos galhos, caule fino, pouca altura. Em razão disso a quantidade de flores em cada uma delas não era muita, mas isso não lhes diminuía a beleza.
Fiquei me questionando se o fato de a casca do ipê roxo, considerado remédio desde uns bons anos atrás, não fez com que as árvores maiores, de mais idade, viessem a desaparecer, vítimas da sua fama curandeira.
Mesmo que tenha sido isso, elas estão sobrevivendo, pois como disse, muitas árvores jovens estão vivas pelas matas espalhadas pelo norte e nordeste de Santa Catarina.
Hoje fui votar em São Francisco do Sul. Não transferi ainda meu título para Florianópolis, porque decidi não trabalhar mais em eleições. Até os anos 90, sempre fui convocado e então, mesmo morando em Joinville, transferi meu título para Joinville para não me chamarem mais. Mas transfiro de novo para cá ainda este ano, que agora não há mais possibilidade de me chamarem.
Como dizia, fui para São Francisco do Sul, visitei Corupá, Joinville, Jaraguá do Sul. Pois foi em São Francisco que vi um espetáculo único, uma coisa bem pouco comum: um pé de jacatirão de inverno (manacá-da-serra) e um pé de ipê florescidos, os dois, fechados de flores, um do lado do outro. Uma mancha de vermelho, quase lilás, ao lado de uma mancha amarela, um pequeno sol resplandescendo luz. Digo que é incomum, porque não são árvores que florescem ao mesmo tempo. O jacatirão de inverno floresce em julho e a época de florescência do ipê amarelo é julho e agosto. È o descompasso da natureza, em razão de nosso descaso com o meio ambiente. Há também o ipê roxo, cuja época de florir é junho e julho, mas está florescendo agora, pelo menos por aqui.
Então, o fato das duas árvores, tanto o ipê amarelo quanto o Jarcatirão de inverno florescerem em outubro, fora das suas épocas, é fantástico. Foi uma beleza poder ver os dois totalmente coloridos, lado a lado, numa época que já não deveriam ter flor nenhuma. Até porque tem chovido, na última semana, e se houvesse algum ipê florescido, as flores cairiam mais rapidamente, formando um tapete no chão, como se o sol se espalhasse em pétalas. Mas aquele estava lá, firme e forte, com todas as flores.
E no meu passeio pelo norte do Estado não foi só isso que vi. Encontrei muitos pés de ipê roxo florescidos, em todos os caminhos por lá. O que achei curioso é que todas as várias árvores de ipê roxo que vi eram jovens: poucos galhos, caule fino, pouca altura. Em razão disso a quantidade de flores em cada uma delas não era muita, mas isso não lhes diminuía a beleza.
Fiquei me questionando se o fato de a casca do ipê roxo, considerado remédio desde uns bons anos atrás, não fez com que as árvores maiores, de mais idade, viessem a desaparecer, vítimas da sua fama curandeira.
Mesmo que tenha sido isso, elas estão sobrevivendo, pois como disse, muitas árvores jovens estão vivas pelas matas espalhadas pelo norte e nordeste de Santa Catarina.
No retrato que me faço - traço a traço - Árvore (Quintana)
ResponderExcluirEncontrei um outro olhador que bem traduz o seu encamento pelas árvores, belos textos! Que sentimento! Tenho pelas árvores um apego assim, sei lá...entende? O Ipê amarelo um dos mais belos simbolos do meu Cerrado foi o escolhido para dar início a um desejo da alma... retratos! E lá vou eu! Yupiiii! Soninhacastro10@yahoo.com.br