Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Passear por Corupá, minha terra natal, a cidade das cachoeiras, é uma redescoberta. Ela é uma pequena cidade ao pé da Serra do Mar, pertinho de Jaraguá do Sul, que por sua vez fica perto de Joinville, na Santa e bela Catarina, no sul do Brasil. Sua riqueza maior é a natureza, pois ela tem dezenas de cachoeiras. Só no Parque Emilio F. Battistela existe uma rota com quatorze delas, a última com cento e vinte e cinco metros de queda livre.
Costumo repetir que "a natureza tem uma queda por Corupá", pois as mais belas quedas dágua estão lá.
O centro da cidade não mudou muito, ainda conserva vários dos prédios de quando eu era criança, mas também há construções novas, grandes lojas, asfalto nas ruas, urbanização que a tornou mais bonita.
Estava acostumado a transitar pelas ruas centrais, com aquela arquitetura já conhecida, embora estranhasse a existência de grandes supermercados, grandes lojas de variedades, pois achava que não havia demanda suficiente para tanta oferta. Então, um dia desses fui procurar o terreno onde minha avó viveu, nas terras atrás do cemitério. Fiquei surpreso com a quantidade de novas casas construídas, um novo bairro na minha pequena Corupá. Depois soube que a ocupação na cidade é constante, que muita gente mora em Corupá, mas trabalha em Jaraguá, e outros núcleos como aquele existiam ali por perto.
Aí entendi, também, as grandes lojas, grandes supermercados, vi que há demanda, sim.
Foi bom constatar que, apesar do progresso, a cidade ainda conserva suas características antigas, de um lugar pacato e tranquilo.
Mas o que me deu mais prazer foi andar pelos campos, pelas plantações de banana, pois Corupá é eminentemente rural, apesar da enorme vocação turística que não é bem aproveitada - lembram da rota das cachoeiras? Sua agricultura ainda impulsiona o município.
Revivi minha infância e adolescência, farta de laranjas, goiabas, araçás, tangerinas, abacates, cambucás, jabuticabas, pêssegos, atas, grumixamas e tantas outras frutas.
E ainda pude admirar belíssimos jacatirões nativos pejados de flores – que já é dezembro e eles começam a florescer no início de novembro – colorindo a mata, enchendo de ilhas vermelhas o verde do Vale das Águas. Eles chegaram para anunciar, com suas cores, o verão, o Natal e o novo ano que vem aí.
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