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terça-feira, 8 de maio de 2012

A FEIRA DO LIVRO DE FLORIANÓPOLIS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Começou a Feira Catarinense do Livro, sem nenhuma atração importante, como um escritor de renome nacional, uma palestra interessante, seminários, debates, nada. Ela começou no dia 2 e vai até o dia 12 de maio, no Largo da Alfândega, em Florianópolis. Infelizmente a feira reduziu-se, pura e simplesmente, à venda de livros: estandes de livrarias e/ou editoras oferecendo seus livros, às vezes ao mesmo preço praticado nas lojas.

Chega a ser engraçado, pois em Joinville terminou, há alguns dias, a maior feira do livro já realizada aqui no nosso Estado. Grandes nomes da Literatura Brasileira, das Artes, da Cultura, como Martinho da Vila, Affonso Romano de Sant´Anna, Ana Maria Machado – presidente da Academia Brasileira de Letras, Fernando Moraes e os atores Marcos Palmeira e Eliane Giardini, entre outros, estiveram abrilhantando o evento.

Em Jaraguá do Sul, acontece, também, do dia 29 de maio, uma das feiras do livro de Santa Catarina que vem crescendo a cada ano. Além de outras atrações paralelas, contará com a participação de Ziraldo, Roseana Murray, Lobão, Xico Sá, Lourenço Martinelli e outros.

Aqui, no entanto, a feira do livro de Florianópolis traz estandes para venda de livros. Como diz o próprio comunicado da Câmara Catarinense do Livro, “O principal objetivo do evento é o incentivo ao hábito leitura, levando a toda população livros novos, de todas as áreas do conhecimento, com preços acessíveis e momentos culturais como lançamento de livros, sessões de autógrafos, etc.”

Quando achamos que não pode ficar pior, o comunicado anuncia, também, que “nessa 5ª Feira Catarinense do Livro, não haverá o Estande dos Escritores - os Lançamentos dos Livros e Sessões de Autógrafos acontecerão em mesas distribuídas no interior da feira em locais de circulação dos visitantes.” Podemos fazer lançamento de livro, mas a venda de nossos livros, durante todo o decorrer da feira, como era feito nos anos anteriores, não será possível, pois não haverá, mais o Estande do Escritor Catarinense.

Como eu dizia, enquanto Joinville realiza a maior feira do livro catarinense, Florianópolis vê a sua diminuir cada vez mais... O que falta? Apoio oficial, apoio da iniciativa privada, o quê? Joinville conta, segundo os organizadores, com o patrocínio do Governo Federal, Ministério da Cultura, Transpetro e Britânia, além do apoio do Proler, Lei de Incentivo à Cultura e Univille. E a Câmara Catarinense do Livro, por que não tem apoio do município, do Estado?

Um comentário:

  1. Caro poeta Amorim: daqui da cidade de Laguna fico acompanhando nos sites e jornais impressos tudo o que se diz e escreve sobre feiras de livros. De fato a Feira de Florianópolis não acontece também porque se tornou um evento sem nenhum apoio cultural de órgãos públicos. Uma pena porque para nós do sul é mais fácil chegar até a ilha do que subir até o norte do estado. Observo que não há na capital um projeto que reúna as tribos. A cada ano a feira foi perdendo suas propostas e virando só uma livraria. Não perco as esperanças porque um dia a feira vai renascer. Valeu o seu protesto nesta crônica. Abraço da Fatima

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