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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A GREVE DOS ÔNIBUS EM FPOLIS

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


A greve do transporte urbano em Florianópolis acontece, de novo, porque os donos das empresas não cumprem o acordo feito na greve passada, não pagam o que é devido aos trabalhladores e obrigam eles a entrarem em greve de novo, para que os usuários coloquem a culpa neles. Essa história é velha, essa novela é reprise. O público que depende dos ônibus culpa os motoristas e cobradores e não se lembram que os donos de empresa - nem o poder público, que deveria regular isso, nem o Deter - não honram o que é acordado à época dos reajustes salariais.

E não é só o usuário do transporte público que é prejudicado com essa irresponsabilidade dos donos de empres – e das prefeituras, que dão a consessão para a realização do serviço, além do Deter, que não se pronuncia – as pessoas que andam de carro ficam presas nos engarrafamentos, numa cidade onde a mobilidade já é um dos maiores problemas.

Falta honestidade e bom senso para certos "empresários". E quem paga o pato da falta de responsabilidade dos senhores empresários é o cidadão, que não consegue se locomover pela cidade, seja de ônibus ou de carro.

Vale lembrar, mais uma vez, que a passagem de ônibus urbando é uma das mais caras do Brasil em Florianópolis, com o agravante de que a prefeitura paga um “subsídio” de mais de um milhão de reais - dos cofres públicos, dinheiro público – às empresas. Isso publicado na mídia, há algum tempo. O valor já pode ter aumentado.

Essa greve me faz lembrar a greve dos professores, quando o governador saiu-se com essa: “Professor tem que trabalhar por amor à camisa. Se for pelo dinheiro, tem que procurar outra coisa”. Será que ele deixaria de receber e continuaria a trabalhar, para dar o exemplo?

Será que as empresas estariam executando o serviço – mal e porcamente – se não estivessem tendo lucro? A desculpa de que só podem atender às reivindicações dos trabalhadores do transporte público se aumentarem o valor das passagens é chantagem. A prefeitura, que dá a concessão, deveria rescindir o contrato, pois uma das partes não o está cumprindo. Que façam outra licitação e deem a execução do serviço a outras empresas. Para que o usuário tenha um serviço mais decente, já que paga passagens bem caras e, cá pra nós, paga duas vezes, pois o “subsídio” que a prefeitura dá às empresas é composto do dinheiro que o contribuinte paga de imposto.

E cadê o Deter, que não se mete na conversa?

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