Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Parece que não vai ser neste aniversário da morte do nosso poeta maior – 19 de março - Cruz e Sousa, que inaugurarão o Memorial, nos jardins do Palácio que leva o seu nome, no centro da capital, e que abrigará os seus restos mortais, trazidos do Rio de Janeiro, em novembro de 2007.
O Memorial em homenagem ao poeta tinha inauguração prevista, na época, para o ano seguinte, 19 de março de 2008. Mas só agora, dois aniversários depois é que estão começando, de fato, as obras de construção.
Isso sem contar que o local para construir o referido Memorial parece ter sido escolhido por quem não sabe nada da história nem do poeta nem da cidade.
Li, recentemente, na coluna de Carlos Damião, uma nota sobre o caso. O colunista registra comentário da historiadora Sara Regina dos Santos: “Vendo que os ossos do poeta ficarão nos jardins do Palácio Cruz e Sousa, vejo, sem querer ser racista, que quem decidiu colocar ali o poeta não lembrou ou nada sabia da nossa História: no local do mausoléu, em priscas eras, estava a velha senzala do Palácio projetado por Silva Paes. Vão levar o poeta novamente para senzala! Grande Homenagem!”
Pois é. A historiadora acha que “uma homenagem coerente seria a construção do Memorial na rua Marechal Guilherme (nome do militar que criou o poeta), nas proximidades da Igreja do Rosário. Ele estudou numa sala do templo”.
Terrível, não? Até depois de morto. Ele não merece isso.
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