Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Relendo edições mais antigas da revista do Grupo Literário A ILHA e somando-se a isso o fato de que este mês é mês de aniversário de Joinville, deu-me uma saudade danada dos bons tempos em que fazíamos o Varal da Poesia nas feiras de arte e artesanato de Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, etc, etc.
Na feira de arte de Joinville os poetas da praça já eram tradição: havia quem não perdesse o segundo sábado de cada mês para ver os novos poemas dos integrantes do grupo.
Hoje o varal se modernizou, transformou-se em “Poesia no Shopping”, para se adequar aos novos tempos. Mas não é a mesma coisa. O poema escrito a mão em uma cartolina, com ilustrações coloridas, pendurado em varal com grampos, feito roupa, balançando ao sabor do vento, como a acenar para o caminhante que passava, convidando para ser lido, não se compara aos cartazes feitos em computador, verdadeiros banners, exibidos em biombos ou painéis em espaços nobres de shoppings. Esses últimos, tão bem feitos e comportados não têm o romantismo do antigo varal da poesia, que estava sempre “acompanhado” pelos próprios autores dos poemas, numa verdadeira integração autor/leitor.
A feira de Joinville ficou reduzida à feira de artesanato e não tem mais o Varal da Poesia, desde que os poetas da praça tiveram que parar de participar, porque não podiam prender os fios nos postes ou nas árvores da praça, conforme proibição da prefeitura municipal. Um outro grupo de poetas da cidade, ligado à cultura oficial até tentou ocupar o espaço que deixamos, mas logo em seguida a poesia desapareceu definitivamente da feira.
Foi esse varal que, colocado no meio do caminho das pessoas, fez com que muitos transeuntes que nem conheciam poesia, passassem a gostar dela. Foi o começo da popularização da poesia, em nosso estado, um trabalho que continua até hoje. Depois dele veio o Recital de Poesia, levado com o Varal a escolas, festas, bares e museus, o projeto Poesia na Rua, que estampa poemas em out-doors pelas ruas da cidade e o Projeto Poesia Carimbada, impressão instantânea de poemas em qualquer superfície. Isso sem contar a revista Suplemento Literário A ILHA, que já está na sua edição número 100, as antologias e livros publicados pelo grupo.
Mas o que dá saudade mesmo é aquele Varal da Poesia artesanal, humilde, mas vivo, pleno de inspiração e alcançando o seu objetivo de levar a poesia até o leitor. Agora, literatura e poesia na Praça Nereu Ramos, só na Feira do Livro da cidade.
Relendo edições mais antigas da revista do Grupo Literário A ILHA e somando-se a isso o fato de que este mês é mês de aniversário de Joinville, deu-me uma saudade danada dos bons tempos em que fazíamos o Varal da Poesia nas feiras de arte e artesanato de Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, etc, etc.
Na feira de arte de Joinville os poetas da praça já eram tradição: havia quem não perdesse o segundo sábado de cada mês para ver os novos poemas dos integrantes do grupo.
Hoje o varal se modernizou, transformou-se em “Poesia no Shopping”, para se adequar aos novos tempos. Mas não é a mesma coisa. O poema escrito a mão em uma cartolina, com ilustrações coloridas, pendurado em varal com grampos, feito roupa, balançando ao sabor do vento, como a acenar para o caminhante que passava, convidando para ser lido, não se compara aos cartazes feitos em computador, verdadeiros banners, exibidos em biombos ou painéis em espaços nobres de shoppings. Esses últimos, tão bem feitos e comportados não têm o romantismo do antigo varal da poesia, que estava sempre “acompanhado” pelos próprios autores dos poemas, numa verdadeira integração autor/leitor.
A feira de Joinville ficou reduzida à feira de artesanato e não tem mais o Varal da Poesia, desde que os poetas da praça tiveram que parar de participar, porque não podiam prender os fios nos postes ou nas árvores da praça, conforme proibição da prefeitura municipal. Um outro grupo de poetas da cidade, ligado à cultura oficial até tentou ocupar o espaço que deixamos, mas logo em seguida a poesia desapareceu definitivamente da feira.
Foi esse varal que, colocado no meio do caminho das pessoas, fez com que muitos transeuntes que nem conheciam poesia, passassem a gostar dela. Foi o começo da popularização da poesia, em nosso estado, um trabalho que continua até hoje. Depois dele veio o Recital de Poesia, levado com o Varal a escolas, festas, bares e museus, o projeto Poesia na Rua, que estampa poemas em out-doors pelas ruas da cidade e o Projeto Poesia Carimbada, impressão instantânea de poemas em qualquer superfície. Isso sem contar a revista Suplemento Literário A ILHA, que já está na sua edição número 100, as antologias e livros publicados pelo grupo.
Mas o que dá saudade mesmo é aquele Varal da Poesia artesanal, humilde, mas vivo, pleno de inspiração e alcançando o seu objetivo de levar a poesia até o leitor. Agora, literatura e poesia na Praça Nereu Ramos, só na Feira do Livro da cidade.
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