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segunda-feira, 1 de março de 2010

LIVRO (DE PAPEL) EM ASCENSÃO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Com a chegada ao Brasil dos leitores de texto digitais, como Kindle e o novo da Aplle – existe até um tupiniquim, já – instalou-se de novo a polêmica da previsão da queda do livro impresso.
O engraçado é que, mesmo rolando aos quatro ventos o anúncio do fim do livro, a verdade é que as vendas dos volumes tradicionais, impressos, está em ascensão. Levantamento da Associação Nacional de Livrarias dão conta de que o crescimento de vendas atingiu mais de dez por cento nos últimos anos.
Sabemos que, devagar, a adesão aos livros eletrônicos vai progredindo. E se, mesmo verificando-se que, apesar dos adeptos do Kindle e outros leitores eletrônicos, que já perfazem uma pequena fatia da venda e de consumo de e-books, o livro impresso continua aumentando suas vendas, quero crer que isso significa que o número de leitores de livros têm aumentado.
Não é uma boa notícia, saber que o contingente de leitores aumentou, nesta nossa terra tupiniquim que carrega o estigma de ter um povo que não lê? Mesmo o livro sendo caro, as vendas estão num crescendo. Os e-books tentam ser mais baratos que o livro impresso, mas é preciso considerar que o aparelho para ler os arquivos digitais são, ainda, bem caros. E isso reflete no preço do e-book.
A boa nova é a constatação de que o que tem provocado esse aumento na venda de livros nos últimos tempos é a leitura por parte do público mais jovem, leitores ainda em formação, poder-se-ia dizer. Mérito da escola, que está conseguindo incentivar a leitura em jovens e adolescentes? Talvez. Algumas escolas fazem um trabalho muito bom e eficiente.
Mas o que tem motivado os novos leitores a consumirem mais livros são escritores como os autores de Harry Potter, Crepúsculo e tantas outras séries de aventuras surrealistas, que com sua imaginação prodigiosa criam situações e personagens fabulosos, que cativam e arrebanham mais adeptos para o livro. Leitores que enfrentam volumes de quatrocentas, quinhentas páginas ou mais com sofreguidão.
Não é ótimo saber que mais brasileiros estão lendo, consumindo literatura?
Como já disse, não podemos ter a ilusão de que o livro eletrônico não vai ganhar terreno, a longo prazo. Alguém perguntaria: e esses campeões de vendas não migrarão para o e-book? Claro, mais cedo ou mais tarde eles estarão também nessa plataforma.
Mas o livro impresso estará sempre aí, mesmo dividindo espaço com o livro eletrônico.

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