Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Dia deste falei da visita que fiz ao amigo escritor Flávio José Cardozo, quando ele me presenteou com cambucás maduros e me apresentou ao seu pé de cambucá. Eu havia levado meus livros “Borboletas nos Jacatirões” e “Aphrodite e as cerejeiras japonesas” e ele me deu “Batuque bem temperado”, obra dele em parceria com Jair Francisco Hamms. Vocês se lembram?
Pois estou lendo o livro e, sem favor, nenhum, estou achando a leitura o máximo. Os dois escritores têm um estilo parecido – não estou dizendo, absolutamente, que eles têm o mesmo estilo, pois isso não existe – pegam o cotidiano e transformam em literatura, em interessantes crônicas e também têm um senso de humor fino e sutil. Dá gosto ler os dois.
Não terminei o livro ainda, parei para escrever esse comentário, pois quase lá pelo meio dele, deparei-me com a crônica “Um apito de trem”. É uma crônica espetacular e fala de trem, uma coisa que, como disse em uma crônica recente publicada na Notícia e aqui no blog, povoou toda a minha infância, pois a estrada de ferro era a mola propulsora da minha pequena Corupá. Eu morava perto dos trilhos e perto de rios, então andava nos trilhos para ir para a escola, para ir tomar banho de rio, viajava de trem, ouvia o apito de manhã, de tarde e de noite e até de madrugada.
Como o Flávio disse, o som do apito de trem transporta a gente para outros lugares, é quase um túnel do tempo para um passado já distante, para uma época feliz e despreocupada. É, de fato, um som especial. Um som que tem o poder de trazer aquele coração menino à tona. Um som que traduz um pouco a palavra saudade. Difícil, mesmo, explicar com palavras.
Mais adiante, leio “É coisa, né”, onde o Flávio fala do uso indiscriminado da palavra “coisa” e da menina Maria Jandira, sua vizinha, que insistia em chamá-lo de “seu Coisa”. Confesso que ri sozinho. Muito maneiro, como diria meu sobrinho de seis anos. Mas foi na parte da crônica em que ele fala do “né”, que eu me identifiquei com o texto, porque achei que era só eu que, quando via os telejornais, principalmente locais, ficava contando os “nés” que os entrevistados diziam. Achei muito engraçado a menção ao fato, coisa que eu nunca pensei em escrever e o Flávio fez tão bem.
Então o livro foi um grande presente. Está recheado de textos deliciosos. Os dois escritores estão muito bem juntos, nesse “Batuque bem temperado”. Vale a pena ler.
Dia deste falei da visita que fiz ao amigo escritor Flávio José Cardozo, quando ele me presenteou com cambucás maduros e me apresentou ao seu pé de cambucá. Eu havia levado meus livros “Borboletas nos Jacatirões” e “Aphrodite e as cerejeiras japonesas” e ele me deu “Batuque bem temperado”, obra dele em parceria com Jair Francisco Hamms. Vocês se lembram?
Pois estou lendo o livro e, sem favor, nenhum, estou achando a leitura o máximo. Os dois escritores têm um estilo parecido – não estou dizendo, absolutamente, que eles têm o mesmo estilo, pois isso não existe – pegam o cotidiano e transformam em literatura, em interessantes crônicas e também têm um senso de humor fino e sutil. Dá gosto ler os dois.
Não terminei o livro ainda, parei para escrever esse comentário, pois quase lá pelo meio dele, deparei-me com a crônica “Um apito de trem”. É uma crônica espetacular e fala de trem, uma coisa que, como disse em uma crônica recente publicada na Notícia e aqui no blog, povoou toda a minha infância, pois a estrada de ferro era a mola propulsora da minha pequena Corupá. Eu morava perto dos trilhos e perto de rios, então andava nos trilhos para ir para a escola, para ir tomar banho de rio, viajava de trem, ouvia o apito de manhã, de tarde e de noite e até de madrugada.
Como o Flávio disse, o som do apito de trem transporta a gente para outros lugares, é quase um túnel do tempo para um passado já distante, para uma época feliz e despreocupada. É, de fato, um som especial. Um som que tem o poder de trazer aquele coração menino à tona. Um som que traduz um pouco a palavra saudade. Difícil, mesmo, explicar com palavras.
Mais adiante, leio “É coisa, né”, onde o Flávio fala do uso indiscriminado da palavra “coisa” e da menina Maria Jandira, sua vizinha, que insistia em chamá-lo de “seu Coisa”. Confesso que ri sozinho. Muito maneiro, como diria meu sobrinho de seis anos. Mas foi na parte da crônica em que ele fala do “né”, que eu me identifiquei com o texto, porque achei que era só eu que, quando via os telejornais, principalmente locais, ficava contando os “nés” que os entrevistados diziam. Achei muito engraçado a menção ao fato, coisa que eu nunca pensei em escrever e o Flávio fez tão bem.
Então o livro foi um grande presente. Está recheado de textos deliciosos. Os dois escritores estão muito bem juntos, nesse “Batuque bem temperado”. Vale a pena ler.
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