Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://prosapoesiaecia.xpg.com.br/
A crônica abaixo deveria ter sido postada ontem, dia 24, quando Cruz e Sousa completaria 150 anos de nascimento, mas por causa da dona GVT, minha internet não estava funcionando e o texto só vai para o ar hoje, dia 25.
Hoje o maior poeta catarinense de todos os tempos, Cruz e Sousa, completaria 150 anos de nascimento. Para comemorar, a terra onde ele nasceu, Florianópolis (ou Desterro, na época), preparou vários eventos. O Simpósio Cruz e Sousa debateu, com grandes nomes da literatura catarinense e brasileira, a vida e a obra do Cisne Negro, em quatro dias. Um selo em homenagem ao poeta foi lançado hoje, pelo Correio. Também hoje, as 18 horas, trinta e um atores declamaram poemas de Cruz e Sousa nos terminais de ônibus de Joinvile, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Chapecó, Caçador e Lages. Após a apresentação dos poemas, foram distribuídos livros com a obra do poeta aos espectadores.
Dois filmes sobre o poeta foram exibidos na Fundação Cultural Badesc. E um CD com cinquenta poemas de Cruz e Sousa, declamados por cinquenta escritores catarinenses foi elaborado pela Fundação Catarinense de Cultura.
E mais eventos já foram ou serão levados a efeito. O reconhecimento que o grande poeta não teve em vida. Mas nada será o bastante para apagar o abandono em que o poeta morreu.
Pena que as homenagens, nenhuma delas das muitas que foram feitas, teve lugar no Memorial que leva o nome do poeta, ao lado do Palácio Cruz e Sousa, onde estão depositados os restos mortais dele. O local é muito pequeno e, apesar de ter sido feito para abrigar eventos culturais, não é apropriado para receber público, a não ser que seja bem pequeno.
Nosso respeito e nossa admiração por você, grande poeta. Feliz aniversário. De presente, meu poema em sua homenagem:
SAUDADE
(Luiz Carlos Amorim)
A poesia Catarina
tem um nome:
Cruz e Sousa.
A nossa poesia tem cor:
tem a cor da sua pele,
a cor alva dos seus dentes,
tem a cor do seu olhar,
tem a cor da sua alma,
a cor do seu coração;
tem todas as cores.
A poesia tem idade,
a idade da saudade:
mais de cem anos
de saudade do poeta.
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