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quinta-feira, 7 de junho de 2012

VÔNGOLE, O NOSSO BERBIGÃO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Acabo de ver o programa Globo Mar - lá de vez em quando aparece um programa bom que a gente poder ver – e fiquei confuso ao mostrarem as pessoas catando vôngoles na beira do mar. Confuso, porque reconheci o molusco, que nada mais é do que o nosso berbigão.

Então fiquei pensando, cá com meus botões, que o que as pessoas pagam caro para comer em restaurantes finos, por aí afora, nós, aqui na Ilha e em outros pontos da Santa e bela Catarina comemos comumente. Todos, de uma maneira geral, catam e comem ou apenas comem berbigões. É só ir no mercado municipal que a gente encontra os vôngoles, ou berbigões, para nós. E além de fazer aquele ensopadinho delicioso, além do molho para servir com peixe ou com massas, dá pra fazer uma omelete fabulosa. Além de muitos outros pratos, é claro.

Pois então, manezinhos e catarinas, fiquemos sabendo, pois, que comemos vôngole há muitos e muitos anos e nem sabíamos que o nosso berbigão é comida final. Na verdade, é uma herança açoriana. Os colonizadores açorianos, quando chegaram, aplicaram ao molusco que era e ainda é abundante por aqui o nome que já conheciam, e desde lá o vôngole, em Floripa e região se chama berbigão.

Isso me lembra da cambira, que é tainha salgada seca. Os nativos da ilha e do continente não chamam a cambira de cambira. Para todos é peixe seco. E na verdade o único peixe que tem nome específico, depois de escalado, salgado e seco é a tainha: cambira. Tanto que no dicionário, cambira é sinônimo de tainha.

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