Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://luizcarlosamorim.blogspot.com/
No último final de semana, fui ao Festival de Dança de Joinville e como minha mãe mora em Jaraguá do Sul, fomo dormir lá na noite de sábado. Na manhã de domingo, lá pelo meio da manhã, ouvimos ganidos desesperados e fui à rua ver o que estava acontecendo.
Um cão, na verdade uma cadela, de médio porte, havia sido atropelada e tinha se arrastado para a calçada. Deduzi que o carro havia passado por cima da bacia dela, pois não conseguia andar e estava com as patas e flancos esfolados. E havia um rastro de pelo no asfalto.
Aproximei-me para pegá-la e levá-la para a nossa garagem, pois estava chovendo e fazia frio, mas ela não deixava, ameaçava morder, pois devia estar sentindo muita dor. O motorista que a atropelou até parou, mas veio dar uma olhada, disse que tinha compromisso e foi embora. Sei que ele não tem culpa de ter atropelado o bichinho, mas isso não desobriga ninguém de procurar ajuda para um ser vivo.
Primeiro ligamos para uma Pet que estava de plantão no domingo, mas disseram-nos que não havia carro para que alguém se deslocasse até nós. Procuramos por uma associação protetora de animais e a vizinha de minha mãe, dona Marília, nos deu o número do telefone da Ajapra – Associação Jaraguaense de proteção de animais. Lá, a pessoa responsável nos indicou o médico veterinário que é mantido pela poder público da cidade para atender emergências animais. Pegamos o número do telefone e ligamos, mas eu sinceramente, não acreditava que alguém viesse.
Esperamos uma meia hora e o Dr. Waldemar chegou, com uma moça da qual eu imperdoavelmente não lembro o nome. E esclareceram-nos que levariam a cadelinha, medicariam, fariam raio X, para ver o que precisava ser feito, fariam o tratamento até que ela ficasse bem. Ela seria castrada, desvermifugada e colocada para adoção. Passado um prazo, que eu não questionei qual, se ela não fosse adotada, seria devolvida ao mesmo lugar onde eles a estavam pegando.
Achei justo, pois o bichinho devia ter dono, já que tinha uma coleira, que foi arrancada no atropelamento, então se ela voltar, talvez ache seu antigo endereço.
Fiquei feliz de ver que o atendimento a uma emergência com animal de rua funciona em Jaraguá. Pelo menos funcionou desta vez. O motorista que atropelou a cachorrinha voltou, depois de meia hora, mas ela já estava sendo levada.
Gostei também do fato de existir a Ajapra, pois foi através deles que consegui chegar ao veterinário de plantão para atender o caso. A associação não tem sede, mas conta com voluntários que orientam e encaminham animais abandonados, tentam conseguir suprimentos para eles, remédios, etc., além de procurar famílias para adoção. O site deles é muito objetivo e tem muita informação.
Muito Bom Amorim !
ResponderExcluirSe fosse outra pessoa que contasse esta história talvez não acreditaria.
Que bom que isto funciona, que bom que existe a Ajapra !
Abr
Quase chorei ao ler sobre o salvamento da cadela. Se existe uma coisa que eu ñ gosto de ver é bicho sofrendo.
ResponderExcluirParabéns, vc é 1000!
Então, falando em cão, minha cadela teve "só" 9 bichinhos, mas 1 morreu porque estava muito debilitado; creio que os outros ñ deixavam ele mamar e ele foi ficando doente. Até tentei alimentar ele com mamadeira mas ele ñ tinha forças nem pra levantar a cabecinha. Mas sobraram 8 e estão gordos e fazem sujeira pra caramba, mas é muito bom ter bichinho em casa.
Assim que desmamarem vou colocar pra adoção; se eu morasse em casa e tivesse um quintal até poderia ficar com eles mas aqui no sobrado ñ dá, eles fazem muito barulho e os vizinhos reclamam.
Silvia