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domingo, 7 de agosto de 2011

A CULTURA SEM TETO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/


Infelizmente, Joinville, a maior cidade do nosso Estado, parece ter tradição em não cuidar bem dos prédios públicos, principalmente aqueles que dão teto às coisas da cultura. É lamentável o fechamento da Casa da Cultura, por falta de manutenção. Três escolas são paralisadas e o município, que até então não havia tomado a iniciativa para sanar os problemas do prédio, não sabe onde colocá-las. Centenas de alunos e os professores são prejudicados.

Como dizia lá no início, este não é o primeiro caso. Ano passado, dois ou três dias depois de fazermos uma noite de autógrafos na Biblioteca Municipal Rolf Colin, no centro da cidade, o texto da casa desabou. Isto já faz um ano, e a biblioteca ainda não voltou ao seu lugar de origem, apesar de ter ido para um local muito bom. A estação ferroviária, cedida ao município, era o cartão postal rasgado, que foi restaurado e em seguida teve o telhado caído. Acabou-se o Museu da Bicicleta. O Museu do Sambaqui já foi invadido pelas águas diversas vezes, tanto que está com o acervo comprometido. A Cidadela Cultura Antártica – antiga cervejaria – está com algumas partes interditadas, pois o morro atrás do prédio desabou em cima de parte dela. O Museu Fritz Alt está fechado, desde o começo do ano passado, por falta de manutenção. O telhado não é seguro, entre outras coisas. Não recebe reforma desde 91, conforme matéria do jornal A Notícia. O Museu de Arte de Joinville está com o madeirame da varanda apodrecido, com risco para os visitantes. E assim por diante, há outros casos.

Falei numa crônica recentemente que o Festival de Dança de Joinville precisa de um teatro urgentemente, pois o Centreventos Cau Hansen não é um teatro, é um estádio esportivo, não é apropriado para receber o maior festival de dança do mundo. Mas a manutenção de todas essas casas públicas na cidade é muito mais urgente. Senhor prefeito, senhores vereadores da Manchester Catarinense, da Cidade das Flores, como é que fica esse estado deplorável dos imóveis públicos que dão guarida à cultura?

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