Por Luiz Carlos Amorim – Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/
Ter o compromisso de escrever semanalmente para o Coojornal, espaço que abriga colunistas diversos, que abordam variados temas, no portal RIO TOTAL, provocou o surgimento do livro "LIVROS, LEITORES E ESCRITORES", em 2002, meu primeiro volume de crônicas. De lá para cá, muitas outras crônicas foram escritas, estão sendo escritas e serão escritas, quase sempre focalizando algum ângulo do assunto que eu considero inesgotável: o livro, seus leitores e seus autores.
Há o livro literário, o livro didático, o livro técnico, o livro esotérico, etc, e todos eles merecem a nossa atenção. As coisas relacionadas com o livro, como as bibliotecas, as editoras, as livrarias, as escolas, as academias de letras, a televisão, as feiras do livro, as diferentes mídias para abrigar ou veicular as obras literárias, os sebos, as "políticas culturais", os diferentes públicos a se alcançar, tudo deve ser colocado em discussão.
Criei, então o blog “Crônica do Dia”, para o qual eu teria que escrever uma crônica todos os dias, como o nome indica. E muitos outros jornais, dezenas deles, por todo o Brasil e até em outros países, passaram a publicar minhas crônicas, o que deu origem a novos livros de crônicas.
Pra que melhor que o livro para tornar a palavra perene? É claro que existem meios digitais, atualmente, existe a internet, mas vai demorar muito tempo até que o livro, como o conhecemos hoje, seja substituído na mão do leitor. Como eu já disse, o livro eletrônico poderá até conviver harmonicamente com o livro tradicional, mas não substituirá definitivamente o livro impresso em papel.
Por isso, colaborar com portais na internet como o Rio Total, jornais e revistas é muito importante, pois propicia um incentivo à produção constante. Em outros tempos, já mantive colunas semanais de crônicas em jornais como Diário Catarinense, A Notícia, Jornal de Joinville, Diários Associados (quanto tempo!), Jornal de Santa Catarina, com crônicas sobre o cotidiano, sobre cultura, sobre música e sobre literatura. Agora, o compromisso é maior, pois são muitos os jornais, em todos os estados brasileiros e em outros países de língua portuguesa.
Com o advento da internet, o retorno do público leitor é instantâneo, a gente recebe e-mails de pessoas dos lugares mais distantes, pois se nosso texto não é lido na edição impressa dos jornais, ele acaba sendo lido na versão digital ou virtual, ainda mais agora que são colocadas no ar as versões impressas em forma de e-book ou em pdf
Isso me faz lembrar de quando eu escrevia regularmente para os jornais nos 70 e oitenta, pois as pessoas escreviam cartas, para mim ou para o jornal, ou me encontravam na rua e me cumprimentavam como se me conhecessem. Lembro de um senhor, dono da loja de aviamento fotográfico da qual eu era cliente, que adorava conversar, depois de ler a coluna, sobre de onde tirei a idéia para aquela crônica, se era baseada em fatos reais, etc. É esse feed-back que faz com que a gente saiba se estamos no caminho certo.
Tenho conhecido pessoas e feito novos amigos através das crônicas. Compartilhar idéias e provocar reflexão ou discussão pode ser muito gratificante.
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