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sábado, 27 de agosto de 2011

O LIXO, DE NOVO

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


Outro dia, ao comentar em uma crônica, aqui no blog, sobre os catadores que abriam os sacos que deixávamos na calçada para o caminhão do lixo pegar, provoquei a ira do sindicato dos catadores, que exigiram que eu me retratasse. Voltei ao assunto para explicar que não sabia se os catadores que passavam na minha rua antes do caminhão eram sindicalizados, e acho que não são, mas ratifiquei meu respeito aos catadores profissionais, que fazem um trabalho importante para o meio ambiente.

Hoje volto ao assunto lixo, mas desta vez não vou reclamar dos catadores que ainda passam por aqui e rompem os sacos que a gente coloca para serem recolhidos. Ao contrário, vou falar dos trabalhadores que prestam serviços para as empresas que recolhem o lixo, pois não sei se em todo lugar é assim, mas por aqui a coisa anda meio braba.

O caminhão do lixo passa aqui na minha rua às segundas, quartas e sextas, à noite. Aliás, de madrugada, pois é lá pelas duas horas ou mais. Acontece que o caminhão para quase em frente a nossa casa e os trabalhadores, motoristas e os homens que recolhem os sacos de lixo, fazem barulho, um pouco demais para o horário: o caminhão fica, às vezes, mais de meia hora parado e por um bom tempo o motor fica ligado, acelerando. Penso que estão compactando o lixo, mas acho isso muito demorado. Também falam muito alto, enquanto fazem lanche, imagino. Eles estão trabalhando e respeito isso, mas as pessoas em volta deles trabalharam o dia inteiro e estão dormindo para logo em seguida acordarem e irem para o trabalho de novo.

Além disso, já vi mais de uma vez o lixeiro pegar o saco da minha calçada e derramar o conteúdo, que fica lá para a gente recolher no dia seguinte. E olhe que nós colocamos os sacos de lixo o mais tarde possível, para que ninguém, nem pessoas nem animais rompam os sacos.

Poderia até ser que alguma coisa tivesse rompido o saco, mas não todas as vezes. A última vez, ontem, coloquei o saco e fiquei cuidando até que o caminhão viesse e fiquei observando. O lixeiro pegou o saco, ele rompeu, derramou sacos e lixo pela calçada, ele apanhou um saco pequeno fechado e o resto ficou.

Acontece que eles não estão fazendo esse serviço de graça para a população, nós pagamos bem caro pelo recolhimento do lixo. Então o serviço deveria ser prestado com mais profissionalismo, com mais cuidado, com mais boa vontade. Ah, diria alguém, mas eles estão trabalhando de madrugada, quando poderiam estar dormindo. Eu também trabalhei muito tempo de madrugada, mas fazia o meu serviço bem feito. Porque todo trabalho que precisa ser feito, deve ser bem feito.

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