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domingo, 9 de setembro de 2012

O BARULHO DA PROPAGANDA ELEITORAL

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


O abuso do barulho, do som muito alto é comum demais, como se não houvessem parâmetros ou leis que regulassem isso. Quem não tem um vizinho que coloca o som a todo volume a qualquer hora do dia – e às vezes, de noite, também? Quem não sofre com os carros equipados com pesadíssimos equipamentos de som ligados a todo vapor – e com o capô aberto na direção da casa da gente, como acontece comigo, aqui na minha redondeza?

Isso é falta de respeito para com o próximo, é descumprimento de lei que proíbe o excesso, é falta de civilidade, de educação, de bom senso, de inteligência. É não saber conviver em sociedade.

E nessa época de eleição o som de carros que fazem propaganda eleitoral parece tornar legal esse desrespeito. Autofalantes com músicas de mau gosto ou locutores falando numa altura de decibéis intolerável,tentando vender candidatos com mentiras e promessas que sabemos, nunca vão ser cumpridas, são comuns.

Será que esses candidatos pensam que esse barulho insuportável, que incomoda todo mundo, vai lhes angariar votos? Quem gosta desse barulho são apenas as pessoas que prestam esse tipo de “serviço”. É comum as pessoas terem o trabalho de anotar o número ou nome dos candidatos que fazem arrazoados barulhentos, para não votar neles. E não o contrário.

E é o que devemos fazer, para desencorajar candidatos pouco inteligentes de fazerem este tipo de propaganda, pois é um tiro na culatra para eles. Vão gastar dinheiro com os tais “carros de som” que os farão, na verdade, perder votos, porque ninguém acha simpático o fato de ser incomodado com barulho da pior qualidade.

Então, senhores candidatos, não se iludam: na verdade vocês perdem votos com o barulho que promovem, contratando os famigerados “carros de som” para berrarem seus nomes e suas promessas, para cantarem seus “jingles” horrorosos. Usem o dinheiro que pagam esse “serviço” de outra maneira: coloquem propaganda nos jornais, por exemplo. Polui o jornal, mas é muito mais silencioso, muito mais limpo, mais civilizado.



2 comentários:

  1. Olá Luiz Carlos. Gostei ainda mais do seu artigo de hoje: Propaganda política e poluição sonora. Temos de batalhar contra essa forma de chamar atenção. Não somente nas campanhas políticas o pessoal vem abusando do volume alto. O comércio também não nos respeita. A sua ideia de "poluir" os jornais foi ótima. Tomara que pegue. Abraços e continue assim. Euler de Amorim Júnior - e.amorim@uol.com.br

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  2. Candidatos barulhentos são todos os que têm verbas para gastar com isto e os outros, que não fazem barulho, que sabem que vão perder, vendem seus horários e se aproveitam de toda sorte de migalhas surgidas nas infames campanhas eleitorais. Enfim: Não sobra ninguém em quem votar e se por ventura um incauto cidadão honesto resolve se candidatar,... Coitado; Irá encontrar o caminho das pocilgas.

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