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quarta-feira, 24 de junho de 2009

A LITERATURA E A PROPOSTA CURRICULAR DE SC

Por Luiz Carlos Amorim (escritor e editor – lc.amorim@ig.com.br )

Uma coisa pela qual os escritores catarinenses vêm lutando há muito tempo é a parceria do Estado no que diz respeito à divulgação e distribuição de suas obras às bibliotecas municipais e de escolas públicas de Santa Catarina.
Ao tomar conhecimento de trecho da Proposta Curricular de Santa Catarina, através de uma monografia de Lílian Becher Camargo, intitulada “Divulgação das Obras e Autores Catarinenses nas Escolas”, publicada no livro “Escritores Catarinenses e o Grupo Literário A ILHA”, fiquei um tanto preocupado.
A Proposta Curricular 1998 sugere aos professores do estado o incentivo à leitura de obras escritas aqui: “A Literatura Catarinense dispõe de excelentes obras e pode-se, através da leitura das mesmas, realizar o estudo dos gêneros literários. (...) São inúmeros os bons contistas, romancistas catarinenses e escritores infanto-juvenis.” (p.51) “O estudo da Literatura catarinense deve ser contemplado em nossas escolas buscando conhecer as obras mais perto de nós, sejam produções estaduais, regionais ou locais. Há que se estimular esse estudo nas escolas, sob pena de deixarmos de lado uma fatia do conhecimento de Literatura”. (p. 52)
Como diz Lílian, em sua monografia, “a própria proposta só menciona a literatura e os autores catarinenses na última parte do seu texto e, ainda assim, de forma lacônica.”
O problema é que isto está na Proposta Curricular/SC de 1998, e já existe uma mais recente, de 2005, que eu fui ler para ver se o assunto era contemplado com mais profundidade. E fiquei pasmo ao constatar, depois de ler as 192 páginas do documento, que nessa nova edição o assunto nem sequer é mencionado.
A proposta curricular, um documento que deveria instruir de forma firme e categórica o estudo dos autores catarinenses de cada região, da genuína literatura catarinense, deixa de abordar o assunto superficialmente para nem sequer lembrá-lo na sua edição “revista” de 2005. Lamentável e inaceitável.

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