Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – http://br.geocities.com/prosapoesiaecia )
A minha crônica de domingo, sobre dança de salão, rendeu dividendos: descobri uma poeta e ganhei uma amiga. Quem leu, lembra que falei do churrasco da turma de alunos das aulas de danças gauchescas do Ateliê da Dança. Revi amigos, conheci outros, até dancei, apesar da gripe.
Pois a professora Renata (desculpe não ter podido ir à aula nesta quinta, mas a gente vai, ainda, se Deus quiser!) leu, imprimiu e colocou no mural da academia e a Grace, aluna de dança de salão, viu e contatou, enviando o poema que transcrevo abaixo.
Vou publicar, também, na revista eletrônica de literatura Literarte de julho, no portal Prosa, Poesia & Cia. do Grupo Literário A ILHA, em http://br.geocities.com/prosapoesiaecia .
A Grace me disse que não é poeta, que está dando os primeiros passos, mas o poema dela deixa transparecer alguém que já tem muita familiaridade com a poesia, tem sensibilidade, lirismo, ritmo e conteúdo. Parece que ela tem muita poesia para escrever. Dou, então, de presente pra vocês, sem nem mesmo consultar a Grace, o poema que ela me enviou, sem título, e que eu chamaria de “Dança é vida”:
A vida é como a dança
Nessas andanças e mudanças,
a gente dança, a gente vive,
a gente sonha, a gente improvisa
e a gente cresce
Qualquer lugar vira palco
e a hora do show é,
sem mais nem menos,
o agora
O improviso é contínuo,
há giros, há saltos,
há técnica, há emoção!
Ao mesmo tempo também há tropeços,
há desequilíbrios, há esquecimentos
e algumas vezes, decepção...
Para quem danço?
Nem eu sei...
Mas eu continuo a dançar,
pois de uma coisa eu tenho certeza:
ela alegra a minha alma
Às vezes as pessoas me aplaudem,
outras vezes, não
A vida me dita o ritmo,
Que oscila
Ela vai, volta, brinca comigo, me engana...
Mas eu sigo o compasso...
eu o busco sempre
Enquanto houver vida, há música....
e há dança!
Por ora danço rápido,
por ora danço devagar,
Por ora danço sozinha,
por ora posso dançar
na companhia de alguém
A sintonia em dançar a dois, é perfeita,
Nos entendendo, nós dançamos juntos,
Se não nos entendemos, nós erramos juntos
A dança é facilmente compartilhada a dois!
A sintonia em dançar a dois, é perfeita,
assim como o amor
A dança é como uma linguagem universal...
um instinto natural
Mas claro! Na verdade, já nasceu dentro de nós
Todos somos bailarinos da vida
Mas saiba que meus passos são únicos
Ninguém dança como eu
Meus movimentos são só meus,
assim como os seus...
Eles têm o jeito e a forma de quem os cria
e tem o sentimento de quem os comanda,
em cada momento distinto
Por isso eu vivo, quer dizer, eu danço, sempre,
com o coração repleto de amor!
Grande Luiz.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo reconhecimento. =)
Suas crônicas são ótimas!!
Grande abraço!
E vamos continuar dançandooo!
Quem dança é mais feliz...!
Oi Luiz, sou bailarino e diretor artístico de um Grupo de dança em Aracaju - SE.
ResponderExcluirAo andar pesquisando material para o novo espetáculo do CATARSE - Grupo de Dança (grupo o qual dirijo e danço), encontrei este poema da Grace, o qual se encaixa perfeitamente na proposta do nosso espetáculo.
Se possível me passe o e-mail dela, preciso saber se poderíamos utiliza-lo como base para o nosso espetáculo.
Obrigado desde já
Meu e-mail é: jr_cvc_27@hotmail.com
Abraço.