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terça-feira, 16 de junho de 2009

UM PEDACINHO DE CHÃO

Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://br.geocities.com/prosapoesiaecia )

Alguém lembra da crônica na qual falei do meu pé de araçá, plantado em um grande vaso no meu jardim? Pois ele continua lá. Mas para meu pé de jacatirão (uma variedade dele, o manacá-da-serra, que floresce no inverno), a vida em outro grande vaso não estava sendo fácil. Ele floresceu lindamente no inverno passado, mas depois da florada as flores foram ficando menores, algumas pontas de galhos secaram e a arvorezinha, de pouco mais de um metro de altura, foi diminuindo de tamanho. Dava dó ver aquela regressão.
Então, no mês de maio, quando os botões começaram a aparecer – eles se adiantaram um pouco, esse ano, com esse descompasso das estações – eu decidi: vou arranjar um lugar no jardim, vou cavar um buraco entre as pedras e vou colocar um tanto de terra adubada para plantar meu pé de jacatirão – ou manacá-da-serra, que é como ele é conhecido por aí – no chão.
Muitos manacás/jacatirões já estão florescidos pelos jardins em todos os lugares – mas o meu ainda está com os botões fechados. Não tenho pressa, pois os outros é que se vestiram de cores um pouquinho antes do tempo. O importante é que meu pé de jacatirão agora está plantado, conectado com a Mãe Terra, que é como deve ser. E florescerá espetacularmente, mesmo que não haja tantos botões como deveria haver.
E ele colorirá meus olhos, minha alma e festejaremos junto o inverno, a natureza, a vida. Mesmo que o ser humano não respeite como deveria a Mãe Natureza, ela nos dá este espetáculo maravilhoso de cor e luz.
Mas não nos enganemos: não será sempre assim. Ela está se cansando do desprezo e do descaso.

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