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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

RENASCIMENTO E MORTE

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Tenho duas notícias, uma boa e outra ruim. Vou começar pela boa. Em uma ou duas crônicas, no decorrer do mês passado, falei do sol particular da minha rua, que parecia ter definhado. Falo do ipê que floresce espetacularmente todo ano, mas nesse 2010 ele perdeu todas as folhas e parecia ter secado. Os outros ipês foram florescendo, por aqui e por outras regiões do Estado, mas ele continuou com os galhos desnudos, inerte e eu temia que estivesse morto.
Pois há alguns dias vi abrir uns poucos botões no galhos mais baixos e pensei, escrevi até, que ele estava com os galhos da metade para cima sem vida. Mas os pedacinhos de sol foram subindo de galho em galho e hoje já vi alguns botões se abrirem nos galhos mais altos, lá da copa. Fiquei muito feliz de ver que o nosso segundo sol renasceu, está vivo, que ele continuará brilhando na nossa rua, mesmo que em épocas desencontradas.
Hoje parece que vai chover, o tempo está nublado, e será uma pena, pois cairão muitas flores. Mas há muitos botões para abrir e acho que nos próximos dias nosso sol brilhará muito, mesmo que chova. Abençoado seja.
Agora, infelizmente, a notícia triste: lembram da minha crônica “Crueldade em Vida”, de anteontem, sobre a cadela que foi queimada viva aqui na grande Florianópolis? Pois estavam tentando salvá-la, embora ela estivesse com queimaduras de terceiro grau em mais de oitenta e cinco por cento do corpo, inclusive na cabeça, mas ela faleceu ontem de manhã, depois de quatro dias de agonia.
Transformou-se em símbolo da crueldade máxima que assola o mundo dos tidos como “racionais”. Acabou-se o sofrimento da pobre criatura, mas persiste a indignação da maioria, que com esse e outros exemplos, acabam sentido vergonha de pertencer à raça humana.

3 comentários:

  1. Querido amigo,

    Não havia lido sua crônica, pois fiz uma pequena cirurgia e meu trabalho acumulou-se, pelo repouso meio forçado. Já estou bem e hoje comecei a comentar os blogs dos amigos. Que grande empatia o fato de lhe mandar o e-mail dos cês. Fico indignada com a crueldade de alguns e mais que indignada triste pela falta de valores que fazem os homens matar os iguais, porque não diferencio os seresm em humanos e animais, para mim os seres vivos não são passíveis dessa absoluta falta de valores dos encruados em sentimentos vitais. Que a cadelinha que vc cuidou se transforme num terceiro sol, nessa luta que é de todos nós, quer seja preservação da própria vida e dos valores que são verdaeiros sóis a nortear nossos caminhos. Abraços.

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  2. Leia-se cães, ao invês de cês. Estou repassando a sua crônica, por relvante, resguardando os devidos créditos. Abraços.

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  3. Pois então, menina, foi uma grande coincidência, mesmo. Também não faço essa diferença, seres vivos são seres vivos e, como diz a máxima que está na apresentação que me enviaste, "não me chame de cachorro... não mereço tão alto qualificativo... não sou tão fiel nem tão leal, sou só um ser humano..."
    Os cães não seriam mais humanos que nós?
    Abraço do Amorim

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